Foi com alguma pena que encerrámos a leitura da série Sunny e e a casa de acolhimento Hoshinoko vai deixar saudades. Uma obra de Taiyo Matsumoto de uma enorme sensibilidade, que narra o dia a dia de um grupo de crianças institucionalizadas.
O grupo de crianças é heterogéneo, em termos de idades, personalidades e histórias de vida. Os motivos pelos quais foram parar a uma casa de acolhimento são os mais diversos, mas as inseguranças, os medos e as angústias são idênticos. Cada criança anseia por ser amada pela sua família, mesmo que esta seja disfuncional. A adopção é uma alternativa, mas nem sempre isso é visto da melhor forma pelas crianças.
O que lhes vale é o carinho, dedicação e empenho dos responsáveis da casa, que os orientam e educam como podem.
Mesmo apresentando uma realidade japonesa, há coisas que são universais e o que nos é contado é a realidade em muitos centros de acolhimento pelo mundo fora.
Esta casa tem ainda um elemento muito especial e que dá nome à série: o Sunny. Trata-se de um carro velho, que não funciona, mas que serve quase de espaço de confessionário, de refúgio para chorar ou gritar ou simplesmente local de brincadeiras, onde a imaginação pode levar os seus ocupantes a viajar.
Sem comentários:
Enviar um comentário