Este é um livro que nos provocou mixed feelings. É que gostamos bastante da arte de António Jorge Gonçalves, mas neste livro os desenhos e por vezes a própria narrativa são demasiado abstratos, o que por vezes dificulta uma leitura fluída. Já lemos algumas críticas muito positivas e outras menos, o que é natural pois em qualquer arte, a forma de expressão abstrata nem sempre é compreendida ou admirada por todos.
O Tempo do Cão é uma história inesperada contada a duas vozes. A do guerrilheiro, que é Che Guevara e do cão. Distinguem-se as falas de um e de outro pela letra de máquina do Homem e pela letra manuscrita, do cão.
A linguagem visual desta pequenina novela gráfica, apesar de ser um pouco experimental e alternativa, tem ao mesmo tempo uma enorme força e originalidade, com os desenhos a branco num fundo azul.
Como dizemos no início, esta leitura provocou-nos sentimentos opostos, mas não deixa de ser um livro com uma linguagem um pouco poética que se centra numa história de amizade entre um homem e um animal.
A autoria do texto é do angolano Ondjaki.
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