A
Rapariga do Poço da Morte, publicado em 2003, tem claras ligações com o álbum inicial da série, o
já lendário La Chavalita (que saiu em 1985). Desde logo pela evocação do cantor
António Variações, mas também pelo aparecimento de uma estranha personagem que
responde pelo nome de “Ligeiro”, que protagoniza com Pitanga toda a aventura.
Com o estilo inconfundível de Fagundes, se bem que introduzindo alguns assuntos
ou adereços modernos (desde logo a temática da alimentação geneticamente
modificada ou o telemóvel) a narrativa mantém o encanto de uma aventura que,
tal como La Chavalita, prende a atenção até ao final. Para além disso, o
refinado humor característico de Pitanga continua bem distribuído com doses de
acção q. b., se bem que o impagável Armando apareça com menor destaque do que
seria merecedor. Em suma, um preto e branco de qualidade, inclusive no trabalho
de balonagem, que é realmente muito bom.
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