Concluímos a leitura da edição francesa da Casterman "Alan Turing", uma novela gráfica biográfica do matemático que ficou conhecido por "pai" da informática.
Influenciados pelo filme "O Jogo da imitação", de 2014, sobre a sua vida, brilhantemente interpretado por Benedict Cumberbatch, fomos avançando na leitura desta obra da autoria de Aleksi Cavaillez, Maxence Collin e François Rivière.
A história ganha pelo facto do seu protagonista ter tido uma vida muito fora do comum. Era de facto um crânio, que não correspondia ao estereotipado, ainda mais para a época. Quem tem um cérebro genial, como Alan Turing, normalmente tende a sofrer de solidão e suscita estranheza e invejas e foi isso mesmo que lhe aconteceu. A somar a tudo isto, o facto das suas opções sexuais serem inaceitáveis no tempo em que viveu e ter de ir a tribunal por isso mesmo.
Aliás a história é quase toda em flashback, tendo em conta que está a ser revista e esmiuçada em tribunal.
Quanto aos desenhos a preto e branco, gostámos bastante, sendo que aqui e ali, para ilustrar sonhos, os desenhos ganham outro estilo, como são disso as imagens que aqui mostramos.
Único senão, mas que se calhar tinha mesmo que ser: não sendo matemáticos, há algumas partes da história com conceitos e questões técnicas, mais difíceis de compreender.
Relembramos a sinopse:
Alan Turing ficou conhecido por decodificar com sucesso mensagens criptografadas pela máquina nazista Enigma. Mas o que realmente sabemos sobre o homem por trás do cientista? Criado longe dos pais, Alan Turing tinha dificuldades nas relações humanas. Foi o encontro na adolescência com seu primeiro amor, Chris, que o abriu para o mundo. Um vínculo estreito entre os dois foi criado em torno da paixão compartilhada pela ciência. Mas quando Chris desaparece alguns anos depois, Alan dedica-se à pesquisa e torna-se um grande trunfo para os Aliados. Pontuado pelo julgamento que acabará por condenar a sua homossexualidade, este livro retrata de forma íntima a vida de um génio que deixou a sua marca na nossa História.