Concluímos a leitura da edição integral do clássico "O Vento nos Salgueiros", de Michel Plessix, que a Arte de Autor editou este ano.
Este é um livro que tanto pode ser lido por crianças como por adultos. Divertido e cheio de travessuras, é um clássico da literatura infantil publicado em 1908 por Kenneth Grahame. Adaptado várias vezes para a TV, o teatro e o cinema, foi brilhantemente adaptado para BD por Plessix.
Trata-se de uma fábula com personagens que nos remetem precisamente para as histórias da nossa infância. Temos como personagens centrais uma toupeira, o Rato, o Sapo, o Texugo e a Lontra e os vilões que são os Furões. Cada um deles retrata uma personalidade e cada um deles tem a sua habilidade. Destes, destacamos a simpática toupeira, que embora um pouco mais medrosa e atrapalhada, tem o dom do desenho e vai também contando a história com os desenhos que vai fazendo.
A história vai decorrendo à medida que as estações do ano vão mudando e as mudanças da natureza são muito visíveis com desenhos incríveis de Plessix, muito bonitos, bucólicos, poéticos, onde não escapa nenhum detalhe. É uma delícia ver os pormenores das casas de cada um. Esta é também uma história sobre amizade e entreajuda, de aceitação dos defeitos dos outros, por mais que nos tirem do sério. Estamos a falar do sapo, que é tão irreverente, tão fanfarrão, tão desvairado, tão irresponsável, que se vai meter em apuros e os seus amigos vão fazer tudo para o ajudar.
Um mergulho nesta leitura leva-nos para um mundo onde o tempo corre mais devagar. Quer dizer, todos vivem devagar menos o sapo, claro. E mais não dizemos para não estragar a surpresa a quem ainda não leu. O melhor mesmo é lerem esta aventura com cheiro a feno e a flores.
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