Depois de termos lido no ano passado "A Viagem", da mesma autora, as expectativas quanto a este novo livro estavam mesmo muito altas. Agora que terminámos a leitura não nos conseguimos decidir qual deles é o nosso preferido, pois são os dois extraordinários.
Este "A Companheira não teve o efeito surpresa que teve o anterior, mas trouxe a certeza do talento narrativo e artístico de Agustina Guerrero.
O livro conta-nos grande parte da própria história da autora, como se fosse visto por alguém de fora e não por ela própria. Em "A Viagem" conta-nos apenas um episódio da sua vida, mas aqui ficamos a saber mais sobre o seu percurso, as suas lutas, a sua fraca auto estima e crises de ansiedade, até se tornar na autora de sucesso que é hoje. Tudo contado de uma forma tão bonita, tão singela, tão emotiva e ao mesmo tempo divertida e bem disposta, que nos leva também a mergulhar nas nossas próprias recordações de partes da nossa vida: as brincadeiras de criança, histórias familiares, a escola, a faculdade, os primeiros relacionamentos e por aí fora.
Não vamos aqui desvendar quem é A Companheira de Agustina, apesar de todos nós também termos uma. Só vamos recomendar esta leitura e sugerir que não percam esta leitura que toca nas nossas emoções. Uma palavra para os desenhos que são um deleite para a vista, pois Agustina mantém a sua originalidade e estilo muito próprios, com pranchas que têm várias cenas, mas em que não existem quadradinhos e desenhos de página inteira ou dupla página que são pura poesia visual.
Uma palavra para a capa, que fotografámos, e que é lindíssima, com brilhos que não estão visíveis na divulgação do livro por parte da editora.
A sinopse:
Às vezes precisamos de que um outro eu nos leve de volta aos momentos cruciais do nosso passado para nos explicar o que somos hoje. Neste emocionante livro «a companheira» guiará a Volátil por desertos, oceanos e grutas para revelar diversos episódios da sua vida. Uma viagem pelas memórias cheia de amor, humor e ternura, mas também de dor, culpa e medo, cuja última paragem bem podia ser a felicidade.
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