segunda-feira, 8 de julho de 2024

O balanço da nossa ida ao Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja 2024


Um mês depois da sua inauguração, finalmente publicamos aqui um resumo sobre o XIX Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja.

Este ano o Festival teve início mais tarde do que habitualmente (devido às datas do Maia BD atrasou uma semana), mas mais cedo em termos de horário. Tradicionalmente a abertura é assinalada numa sexta-feira às 21 horas e desta vez a cerimónia aconteceu pelas 19 horas, tendo em conta que à noite o programa tinha um dos seus pontos altos: a exibição do filme "Não Apaguem os Nossos Rastos! Dominique Grange, Uma Cantora de Protesto", de Pedro Fidalgo, seguida de uma conversa conduzida por Rui Cartaxo com a protagonista, com o seu Marido Jacques Tardi e com o realizador.

No dia seguinte, foram alguns os corajosos que se levantaram cedo, para marcar presença na fila para receber senhas para os autógrafos de Tardi, pois haviam anunciado que apenas iria dar 15 autógrafos e teria de ser no livro "Elise e os novos Partisans", editado pela Ala dos Livros.

Já com as senhas no bolso, fomos assistir à entrega do Prémio Geraldes Lino, distinção que este ano coube a Daniela Viçoso, de quem recebemos uma curta intitulada "A Casa dos Lilases".

Voltámos a estar com Tardi e Dominique Grange, na apresentação do livro "Elise e os Novos Partisans" e antes da hora do almoço foi a nossa vez de ter Dois dedos de Conversa com a portuguesa Kachisou, autora de "Quero Voar". 

O início da tarde arrancou com uma conversa conduzida por João Miguel Lameiras com Alix Garin, autora de "Não me esqueças", a quem fizemos uma simpática entrevista que poderão ler numa das próximas edições do Juvebêdê.

A tarde foi preenchida com muitas apresentações e lançamentos e, claro, com as famosas filas para os autógrafos, de onde se destacaram as concorridas filas para Miguelanxo Prado, Alix Garin e Luís Louro, entre outros.

O final da tarde foi altura para celebrarmos os 30 anos do Corvo, com a canção dos parabéns e Luís Louro a soprar a vela numa chamuça.

No dia seguinte foi a vez de vermos as exposições com atenção e fotografá-las e rumar a Lisboa com muito boas recordações desta edição. 

Íamos com algumas reticências para esta edição. Nos anos anteriores tínhamos sentido falta de mais público, encontrando sempre as mesmas pessoas. Como este ano tinha decorrido o Festival da Maia pouco tempo antes, temíamos que Beja não contasse com muita gente. Felizmente estávamos enganados, pois foi talvez o ano em que vimos mais gente fora do habitual, muita malta nova, muita gente a comprar livros e a prova disso é que a organização nos disse que no primeiro sábado bateram o recorde de vendas de sempre. Como de costume o ambiente era óptimo, muita camaradagem e a informalidade que nos faz estar à conversa à mesma mesa com autores, editores e fãs de Banda Desenhada. 

Quanto às exposições, nada a apontar, tudo bem organizado como sempre, sabemos que cada vez há menos originais devido a grande parte das obras serem feitas por meios digitais, por isso não havia nenhuma peça assim impactante. Talvez sintamos falta de mais alguma cenografia em torno da exposição das pranchas, mas compreendemos que isso também tem a ver com orçamentos.

Uma coisa é certa, saímos de lá com muita vontade de regressar, ainda para mais, em 2025 será a 20.ª edição e seguramente muito especial. Acresce ainda que o Presidente da Câmara Municipal de Beja, no momento da inauguração informou que o tão falado Museu de Banda Desenhada irá mesmo para a frente e estão a ser dados mais uns passos nessa direcção.

Resta-nos das os parabéns e agradecer à organização, ao Paulo, à Susa, ao Manel, ao Simão e restante equipa, por todo o trabalho e excelente acolhimento. 











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