quarta-feira, 30 de novembro de 2022

As opiniões de Miguel Cruz sobre: "RIP - tome 5", de Gaet’s e Monier; "Les Tuniques Bleues - tome 66", de Lambil e Kris; e "La Dernière Reine", de Rochette

Estão de volta as opiniões de Miguel Cruz sobre edições publicadas em outros países.

Aqui ficam três delas e que podem ser boas leituras para as editoras portugueses poderem ver se lhes interessam publicar em português.


RIP - tome 5: Fanette mal dans la peau des autres



Sim, é o que estão a pensar. RIP é mesmo de Rest in Peace. Esta série, que me foi referida como estando a fazer grande sucesso no mercado franco-belga, é surpreendente pelo tema, e ainda mais surpreendente pela forma como o trata. O tema é a morte. Com pequenos capítulos separados por citações sobre a morte ou a forma de a encarar, que vão desde letras de música a frases célebres de filmes, com autores clássicos e recentes, de Shakespeare a Stephen King, esta série é um thriller negro, que nada nos poupa na descrição de uma vivência desagradável e “podre” de um grupo de protagonistas – quase todos – dedicados à atividade de retirar todos os bens de valor de habitações de defuntos.

A sordidez da atividade e da vida destas personagens já seria resultado natural da atividade em si, mas aumenta quando se sabe que a atividade que desenvolvem – a pedido – ocorre com o fito de evitar que outros, nomeadamente alguns herdeiros, tomem posse dos bens. Tudo piora se vos disser que os bens são retirados quando a morte é identificada, e na presença dos cadáveres, normalmente já em avançado estado de decomposição. Pois é…

Idealizada para um total de seis tomos, no conjunto da série quatro deles são dedicados a quatro dos homens que fazem este terrível “trabalho”, e dois a personagens que com eles se cruzam, como sejam um polícia (científico) infiltrado, ou a empregada do bar onde se reúnem num final do dia de trabalho: Fanette.

Cada tomo é, portanto, abordado do ponto de vista de cada uma das personagens e por ela narrada. Todos os tomos abordam, no essencial, o mesmo período de tempo, ao qual se escapa brevemente apenas porque cada personagem tem a sua vida anterior, as suas motivações e os seus segredos. Cada tomo pode ser lido isoladamente, mas a apreciação da maestria com que estas histórias se cruzam e a luz que se faz em cada tomo sobre detalhes abordados nos anteriores, só se consegue com uma leitura do conjunto. Um spoiler (ou talvez não): a generalidade das personagens não termina bem a sua história!

No caso do tomo 5, Fanette é uma personagem melancólica, taciturna e negativa, o que se compreende pelo seu dia a dia e pelas “figurinhas” que tem de frequentar. Mas, neste tomo, descobrimos como veio parar a este miserável emprego, e percebemos melhor certas das suas reações e comportamentos, e o seu efeito sobre o que aconteceu a outras personagens. 

O desenho é elegante, normalmente escuro, com muitas sombras e muitos cadáveres, semi-realista, e com muitas moscas. Os ambientes são maioritariamente noturnos (dentro e fora do bar). O argumento é excelente, credível, com as ligações entre os vários tomos a serem surpreendentes e extraordinariamente bem conseguidas, o suspense – apesar de conhecermos o centro da trama desde o tomo 1 – é elemento central da narrativa, e as personagens são cativantes (nem sempre no bom sentido, algumas são o que chamaríamos de umas verdadeiras bestas!). O humor é negro, mas está presente a bom nível. A Editora é a “petit à petit”; as BD, adequadamente, são de formato mais pequeno que o tradicional, apesar da sua média de 90 páginas por tomo; e os autores são Gaet’s (argumento) e Monier (desenho). Pela minha parte, mal posso esperar pelo tomo 6!


Les Tuniques Bleues - tome 66 - Irish Melody


A série Os Túnicas Azuis (Les Tuniques Bleues) tem mais de 50 anos e continua a ser um grande sucesso por parte da Dupuis, ancorada num leitorado que continua fiel a uma divertida série da sua juventude, passada na terrível guerra civil entre os Estados do Norte e os Estados do Sul, que se denominou guerra da secessão, com dois personagens marcantes: um sargento leal e dedicado, com grande intensidade na ação mas nem sempre muito inteligente, e um cabo mais espertalhão, mas que tudo faz para evitar estar em perigo, incluindo ter ensinado o seu cavalo a cair ao primeiro disparo. 

Os primeiros tomos tinham a assinatura de Cauvin e de Salvérius no desenho, sendo que este último faleceu, em 1972, quando a série começou a ter sucesso e foi substituído por Lambil que, com o seu desenho bonito, um pouco menos caricatural, e detalhado, se impôs ao longo de 60 tomos. 

Em Portugal foram publicados vários tomos, quer pela Edinter, quer pela Asa (com e sem e Público). Os cavaleiros do Céu, A recruta dos Azuis, Black Face, o Frade, Os Azuis a preto e Branco são alguns dos mais de 20 tomos publicados no nosso país.

Entretanto, Raoul Cauvin, um dos mais prolíficos argumentistas da banda desenhada de humor franco-belga, faleceu aos 83 anos em 2021, ano em que foi ainda publicado o tomo 64 da série Les Tuniques Bleues. Em 2020, e extraordinariamente, foi publicado o tomo 65, da responsabilidade de José Luis Munuera e de BéKa (o par Bertrand e Caroline que também foi responsável pelo argumento da nova série Champignac). 

Aos 86 anos, Lambil surpreende-nos desenhando um último albúm dos Túnicas Azuis, agora na companhia de Kris, que substituiu Raoul Cauvin no argumento.

Esta aventura passa-se na Virgínia, e tem o seu início a 17 de março de 1862, com a Brigada Irlandesa dos exércitos do Norte a celebrar a sua festa nacional – St. Patrick’s Day. 

O Sargento Chesterfield “fura” a festa quando anda à procura do cabo Blutch, eterno potencial desertor. Um dos soldados irlandesas acredita ter reconhecido em Chesterfield um primo distante e assegura-lhe um caloroso acolhimento, e a sua integração junto dos “bravos” Irlandeses. O Sargento passa, durante uns dias a integrar a Brigada Irlandesa, Blutch, por seu lado, tenta tirar esta história a limpo, e cruza-se com a Brigada Irlandesa integrante dos exércitos… do Sul. 

O cúmulo é que as “brilhantes” chefias de ambos os lados decidem que haverá uma batalha entre as duas Brigadas Irlandesas. 

Esta é daquelas séries simpáticas e intemporais que nos acompanham há muitos anos, e que se leem muito bem, com algum interesse histórico, mas essencialmente com enorme bonomia e boa disposição. Este último tomo é engraçado por introduzir personagens irlandesas, os seus comportamentos, as suas motivações, as suas complexas relações familiares. Essa é a mais-valia deste volume, sendo que a história não nos avança muito.

Quanto ao desenho, como sempre impecável, ao serviço do bom humor, com muito detalhe, movimento, boas perspetivas e uma enorme seriedade e sensibilidade a tratar eventos desagradáveis. Adeus aos desenhos de Lambil, um obrigado pelas horas de boa disposição, e veremos se a série será continuada por outros autores.


La Dernière Reine



História dura, apesar de poética e sempre positiva (apesar de tudo), passada nos anos 20 do século passado, que nos conta uma breve história de um sobrevivente de 14-18, de alma e rosto destruídos. 

Nascido na zona montanhosa de Vercors, com uma ligação familiar à montanha e ao seu ecossistema de muitos milhares de anos, Edouard Roux (ruivo, tal como a sua mãe e muitos outros dos seus antepassados, e portanto mal vistos como malditos, feiticeiros/as e mais algumas coisas do tipo) é maltratado pelos locais quando jovem e encontra apoio apenas na sua mãe, que não volta a ver após a guerra, por vergonha quanto ao estado da sua face.

Edouard, trabalhador forte e incansável, consegue reencontrar o gosto pela vida e a sua forte determinação, através de uma máscara que lhe é preparada por uma jovem escultora com quem vive uma história de amor. Desta forma Edouard consegue-se reencontrar, consegue reencontrar a sua alma sensível e selvagem.

Edouard Roux e Jeanne Sauvage voltam ao local de infância do primeiro, espaço saudável, selvagem, exigente, belo, e aí Jeanne fica a conhecer a narrativa da última rainha, a última ursa.

Jeanne descobre que, afinal, longe de Monmartre (onde é passada uma parte da história), vai conseguir encontrar mais do que a inspiração que procura. Vai encontrar a verdadeira vida.

Uma bela história de amor, helás, pouco feliz, a vida da montanha, a incapacidade de viver em comunhão com a natureza, o papel dos animais, o sofrimento físico. Estes são os temas de mais uma belíssima BD de Rochette, com uma profundidade de diálogos e de sentimentos notável, de que já tinha falado na Revista JuveBêDê, a propósito de uma outra história na montanha.

Como diz Edouard Roux a determinada altura, sobre os humanos e os ursos: nós respiramos o mesmo ar, nós remexemos a mesma terra, nós bebemos da mesma fonte, nós somos da mesma família. 

O desenho é belo e magistral, ou não fora o autor um montanhista experimentado (e acidentado, com consequências graves), a angústia de certas situações e dos grandes espaços é excecionalmente bem retratada, a expressão no olhar dos ursos, perseguidos, acossados, aprisionados é excecional. A história editada pela Casterman constitui um romance de grande qualidade, para amantes de histórias que nos fazem refletir muito profundamente. Uma leitura forte que não é uma leitura fácil.

A nossa leitura de "Como Antes", de Alfred - edição da Devir


Concluímos a nossa leitura de "Como Antes", de Alfred (edição da Devir) ainda antes de nos termos cruzado com o autor na edição do Amadora BD deste ano. Porém, com tantas novidades editoriais, só agora publicamos a nossa opinião.
"Como Antes" é um daqueles livros que se lê de seguida, pois é tão cinematográfico, que depressa queremos saber qual o desfecho da história. E a verdade é que este livro presta homenagem ao cinema italiano do pós-guerra, com uma história em forma de road movie.

Não foi por acaso que esta obra de Alfred foi vencedora do Prémio Melhor Álbum no Festival de Angoulême de 2014 (a obra é de 2013).
Trata-se de uma história comovente de dois irmãos, que embora com argumento distinto, nos fez lembrar a novela gráfica "Dois irmãos", da autoria de Fábio Moon e Gabriel Bá, adaptada do romance de Milton Hatoum.

Recordamos que este "Como Antes" leva-nos a França de 1959. Após a morte do pai, dois irmãos Fábio e Giovanni, cruzam as estradas ao volante de um Fiat 500. Durante a viagem, os dois discutem, falam consigo próprios, desfiam as queixas que enterraram durante o tempo passado longe. Mas de alguma forma, os encontros que têm, a tranquilidade do que os rodeia, parece apaziguá-los e interferir na própria história como uma entidade calorosa e envolvente. É um regresso à pátria, à família, mas também ao interior de cada um deles, à sua essência e razão de ser como irmãos. 

A história é comovente, a maior parte das vezes angustiante e triste, mas por vezes com momentos divertidos, quando o amor entre irmãos fala mais alto do que a vida que os distanciou. A viagem que ambos empreendem, inicialmente dura e violenta, não é apenas uma viagem num Fiat 500 a cair de podre e que os leva a passar por muitas peripécias, mas principalmente uma viagem íntima, ao interior de cada dos irmãos e que aos poucos vai acalmando as relações familiares difíceis que os levou por caminhos de vida diferentes.

O livro é muito bonito, com uma mudança de cores dependendo da parte da história, com cores mais fortes e escuras em momentos mais duros e cores mais suaves e alegres conforme a amargura se vai dissipando. Ainda os flashbacks com um esquema de cores muito próprio que facilmente se identifica. 
Apenas um senão: as margens interiores do livro quase não existem, o que faz o leitor perca a apreciação de cada prancha em todo o seu esplendor.

Se ainda não leram, espreitem aqui este vídeo que tem desenhos do livro.

Publicamos aqui ainda uma fotografia que tirámos no Amadora BD e o autógrafo que teve a amabilidade de desenhar.










terça-feira, 29 de novembro de 2022

Novidade: Iguana lança biografia ilustrada de Patti Smith


A par de "O seu nome é Banksy", este foi outro livro inaugural da Iguana, chancela do Grupo Editorial Penguin Random House.

"Patty Smith - She as the power" trata-se de uma biografia ilustrada de uma das artistas mais importantes da atualidade. Cantora, escritora, fotógrafa… Patti Smith é uma artista multidisciplinar que deixou a sua marca em várias gerações ao redor do mundo. ​

A ilustradora Anna Müshell faz uma homenagem sentida à Patti Smith através da sua obra e das personagens que a inspiraram e acompanharam no seu percurso vital e artístico. 

Neste livro, a ilustradora Ana Müshell desvenda com precisão e paixão a trajetória da «madrinha do punk»: desde a sua infância na zona rural de Nova Jersey até a sua estada no boémio Chelsea Hotel em Nova Iorque, desde os seus primeiros recitais aos seus concertos massivos, esta é uma viagem pelas personagens, momentos, álbuns, livros e inquietações que fazem parte da história desta lenda viva, uma criadora em permanente diálogo com entes queridos que já não estão, numa luta incansável para tornar o nosso mundo melhor.











Novidade: O Bando das Cavernas tem a sua estreia em formato de novela gráfica! - Edição Booksmile

 


Hoje damos de novo destaque a mais um livro para o público mais novo!

Depois de o "O Diário de um Banana - 17" que destacámos no passado domingo, aqui fica "O Bando das Cavernas"!

Quem diria que esta colecção "O Bando das Cavernas" editada pela Booksmile tinha já vendido 889 mil livros em Portugal?

Quem tornou isto possível é o autor Nuno Caravela, que tem agora nesta passagem para o formato de novela gráfica, a oportunidade de nos contar a história "A Incrível Tribo B.D."

É pois um livro para crianças num formato adulto, "novela gráfica" e que vai divertir todos os leitores!  

A sinopse:

Num recanto escondido da floresta, o Bando das Cavernas descobre a porta de entrada para um novo e extraordinário mundo: os livros aos quadradinhos. Neste mundo tudo é diferente menos, claro, as loucuras do costume, que por aqui parecem ser ainda maiores (se é que isso é possível). Já sabes como é… Junta-te ao Bando!

O Autor:

Nuno Caravela nasceu em Lisboa a 1 de agosto de 1968. 

Frequentou o I.A.D.E e o AR.CO. Centro de Arte e Comunicação e iniciou a carreira de autor e ilustrador em 1992. Em paralelo exerceu funções de criativo durante seis anos em agências de publicidade, foi durante sete anos autor e coordenador de edição do projeto «Escola Global – A Tradição na Sala de Aulas», destinado à recuperação de Contos Tradicionais Portugueses. Desde então tem desenvolvido inúmeros projetos na área da literatura infantil, em parceria com algumas das mais conceituadas editoras portuguesas.

«Com O Bando das Cavernas pretendo, acima de tudo, divertir e estimular a imaginação dos mais novos, transportá-los ao longo das páginas para um mundo de descobertas, onde tudo é possível. Onde todos os personagens, cada um com as suas diferenças, limitações, defeitos e virtudes, se tornam amigos nos quais se pode confiar e que acompanhamos em qualquer aventura.»





segunda-feira, 28 de novembro de 2022

A nossa leitura de "Oito Horas em Berlim - tomo 29", de Bocquet, Fromental e Aubin - Edição ASA


Fica aqui já a primeira leitura e opinião de Miguel Cruz sobre o novo tomo 29 da série Blake e Mortimer - "Oito Horas em Berlim".

A edição de um novo episódio de Blake e Mortimer é sempre um acontecimento notável no mundo da BD. Este episódio, desenhado por Antoine Aubin, com cores de Laurence Croix, e com argumento de José-Louis Bocquet e Jean-Luc Fromental (todos bem experientes e conhecidos), tem como interessante característica ter demorado cerca de 7 anos a ver a luz do dia. A ideia subjacente à narrativa surgiu em 2014, e o desenhador, fiel ao labor perfeccionista de Edgar Pierre Jacobs, dedicou vários anos da sua vida a completar as 62 pranchas que constituem esta BD. 

O mínimo que se pode dizer é que esta foi uma aposta ganha. Na minha opinião, este é um dos melhores tomos da era pós-Jacobs. Os desenhos são linha clara na perfeição jacobsiana, muito detalhe, ótimo movimento, personagens muito bem conseguidas, desde Mortimer a Olrik, passando pelas novas personagens. Olrik em particular, é notável em termos de presença! Blake e Mortimer aparecem ao longo das páginas com variações interessantes e bem conseguidas de indumentária. A época é cuidadosamente retratada, com particular destaque para as viaturas. Tudo é agradável, e as cores são um “tour de force” de fidelidade ao autor original, mas também de caracterização de época.

Trata-se de uma narrativa de espiões, com pés bem assentes na história da segunda metade do século XX, com uma pitada de fantástico. Estamos em 1963, e uma escavação arqueológica nos urais “descobre” sete caixões que contêm cadáveres a quem a pele do rosto foi “arrancada”. Em simultâneo um homem que atravessa o muro de Berlin é abatido e pronuncia, no seu último suspiro, a palavra “Doppelgänger”. A ligação entre estes dois acontecimentos encontra-se, vimos a descobrir, em Julius Kranz, um cirurgião especialista em manipulação “electro-cerebral”. 

Pode parecer um certo "déjà vu" em relação a outros tomos que abordavam certas derivas da ciência (os sarcófagos, ou a manipulação das vontades) mas, no entanto, apesar de serem usados alguns temas tradicionais a Blake e Mortimer, a narrativa é muito interessante, consistente e credível, e diferente do que já tivemos oportunidade de ler.

Da Editora Blake et Mortimer na edição francófona, esta BD foi colocada à venda com várias versões: Uma versão normal, uma versão bibliófila (10 mil exemplares), e uma edição a preto e branco, ao mesmo tempo que foi editado um DVD com um documentário sobre a série. Em Portugal, e na mesma data da versão em francês, esta BD foi objeto de publicação pela ASA com duas capas, uma delas num exclusivo FNAC. Boa leitura!











Novidade: Thorgal está de volta com o volume 2 - "A Selkie" - Edição A Seita

 


Thorgal é outra série franco-belga emblemática que está a ser continuada por outros autores sem serem os originais (Grzegorz Rosinski e Jean Van Hamme), neste caso por Fred Vignaux (desenho) e Yann (argumento) e em nossa opinião com bons resultados. Mas quem dos leitores mais antigos não conhece esta excelente série dos tempos da revista Tintin?

"A Selkie" é o volume 2 desta nova fase (originalmente é o volume 38) e tem já editados em França mais dois volumes, com a curiosidade de o mais recente tomo 40 - Tupilaks ter sido editado este mês de Novembro.

Mas o destaque vai para este "A Selkie", onde Thorgal é confrontado ao mesmo tempo com o rapto da sua filha, Loba, levada para uma ilha selvagem do arquipélago de Faroé, e com a maldição ancestral de Kopakanan, a Selkie, a criatura mítica que controla sob o seu maléfico domínio toda a população dessa ilha perdida, onde, entre o vento lancinante e agreste, e as ondas de um mar revolto, perpassa uma constante mensagem de morte....

Esta edição portuguesa da "A Seita" inclui um caderno de extras de final inédito na versão normal francesa.

O livro já está em distribuição e disponível na maioria das livrarias, e entrará em distribuição em bancas em data a anunciar. 

Por fim de referir que o desenhador Fred Vignaux esteve presente há um mês no festival Amadora BD em várias sessões de autógrafos e onde demonstrou uma simpatia e um bom diálogo para com os fãs portugueses.

Aqui fica o autógrafo que nos dedicou, além da capa, algumas páginas dos interior e ainda uma foto do autor numa sessão de autógrafos.

Thorgal, de Vignaux e Yann: A Selkie, A Seita, 56 p., 16 €













domingo, 27 de novembro de 2022

Novidade: O Diário de um Banana está de regresso com o 17.º livro da série - Edição Booksmile

 


Está de regresso uma das séries infanto/juvenis mais populares em Portugal ou não fosse "O Diário de um Banana" também um dos mais lidos pelo mundo! Com mais de 275 milhões de exemplares vendidos, 79 edições traduzidas em 65 línguas, esta é assim uma série de sucesso, da autoria de Jeff Kinney.

Este é 17.º livro da colecção editado pela Booksmile e tem como título "Frauda Xeia", que os mais entendidos saberão logo o que significa este nome!

O livro que saiu a 14 de Novembro e já está disponível nas livrarias e também no site da Penguim Livros em: https://www.penguinlivros.pt/loja/booksmile/livro/o-diario-de-um-banana-17-frauda-xeia/

Aqui ficam a capa e algumas imagens do interior, bem como a sinopse da história.

Uma aventura cheia de ritmo, que promete pôr os fãs a rockar!

O Greg quer ser famoso e, por isso, junta se à banda de rock do seu irmão Rodrick. Só que aquilo que parecia ser um passaporte para o estrelato acaba por se transformar num sarilho de todo o tamanho. Com concertos desastrosos, discussões entre músicos e um som de rebentar os tímpanos, o Greg vai perceber que o caminho para a fama está cheio de problemas malcheirosos.

Afinal, o que se poderia esperar de uma banda chamada Frauda Xeia?

BDs da estante 505 - Baby Blues #31 "Cama Supra" - Edição Bizâncio

 


Que saudades temos da série Baby Blues! Jerry Scott escreve, Rick Kirkman desenha. Esta é uma das nossas séries preferidas e este é mais um fabuloso volume de Baby Blues que nasceu em 1990, baseada nas peripécias do dia-a-dia de uma família. Quando a serie começou, o casal Darryl e Wanda ainda não tinha filhos… Tudo foi evoluindo filho a filho e cada vez com mais graça e boa disposição. Com a idade as três personagens mais novas, Zoe (a mais velha, rapariga), Hammie (o do meio, rapaz) e Wren (a bebé, menina) as tiras apresentadas neste "Cama Supra" prometem muitos bons momentos de boa disposição.

Uma edição da Bizâncio de 2014.


sábado, 26 de novembro de 2022

Novidade: "A Nova Hélade" é o novo título da autoria de Cadu simões e Juliano Oliveira - Edição FA

 


Este é o novo livro editado pela FA com o título "A Nova Hélade", da autoria de Cadu Simões e Juliano Oliveira.

É um livro que pretende revisitar os mitos gregos, ambientando-os em um cenário futurista com influências ciberpunk. Deste modo, veremos personagens da literatura grega clássica, como Hércules, Teseu, Orfeu, Dédalo, entre tantos outros, com novas roupagens e visuais, mas respeitando o máximo possível os «ethos» originais.

Este livro está disponível em várias lojas e plataformas online em e-book e livro. A edição e-book de Pranchas da Praxe apresenta-se a cores e a edição livro em tons de cinza, tendo também ambas histórias em preto e branco.

A sinopse:

Bem-vindo a um mundo de deuses e titãs, de heróis e monstros, onde os mitos são verdadeiros e as lendas estão vivas. Um mundo no qual a magia e a tecnologia convivem lado a lado. Tão diferente do nosso mas ao mesmo tempo tão igual, este é o mundo de “A Nova Hélade”.

Os autores:

Cadu Simões é historiador por formação e argumentista por insistência. Além da série em banda desenhada Nova Hélade, é o criador do Homem-Grilo, uma paródia ao universo dos super-heróis. Foi premiado em 2008 com o Troféu HQMIX na categoria de Roteirista Revelação. É natural de Osasco, Brasil.

Juliano Oliveira aos 12 anos iniciou sa ua carreira publicando tiras num jornal de cidade. Ilustrou capas de diversos álbuns de bandas de rock/metal e obras literárias, entre elas um manual de primeiros socorros para a Cruz Vermelha de Angola. Entre 2006 e 2012 destacou-se no Salão Internacional de Humor de Piracicaba (Brasil) nas categorias Caricatura, Cartoon e Banda Desenhada. Em 2011, recebeu Menção Honrosa no Salão Internacional de Humor de Caratinga (Brasil) e, em 2012, foi premiado no Salão Nacional de Humor de Ribeirão Preto (Brasil). Em 2013 passou a colaborar com Nova Hélade. Reside em São Paulo no Brasil.





Conversas de Banda Desenhada e Macho-Alfa (volume 2), dois livros d' A Seita são apresentados hoje em Lisboa e Coimbra




Para além do Salão do Brinquedo de que já falámos ontem, hoje há duas outras iniciativas sobre as quais não poderíamos deixar de falar:

No Atelier A Fábrica*, em Coimbra irá decorrer a apresentação do livro "Conversas de Banda Desenhada" (A Seita) pelas 16 horas.

À mesma hora, mas em Lisboa, na livraria Kingpin Books**, irá decorrer a apresentação do segundo volume da série "Macho-Alfa, de Filipe Duarte Pina e Osvaldo Medina (A Seita). Os autores estarão presentes e disponíveis para autógrafos e a editora oferecerá um print exclusivo assinado, aos primeiros que aparecerem na livraria a comprar o livro!

* R. Simões de Castro 173 - Coimbra

** Av. Almirante Reis, 82A - Lisboa

Quanto ao primeiro livro, estamos ainda a ler e assistimos às suas duas outras apresentações em Lisboa e na Amadora.

Relativamente ao segundo livro, esperamos lê-lo em breve, mas para já deixamos a sua sinopse:

David é o super-herói Macho-Alfa, a única pessoa com superpoderes em todo o mundo, mas... é desempregado, não tem amigos, e foi renegado por uma sociedade que sempre se aproveitou dos seus poderes para travar as suas guerras e tratar dos seus problemas mais complicados. David caiu numa espiral de depressão... será que alguma vez será aceite pela sociedade? Haverá lugar no mundo para um super-herói reformado? E a terapia, será uma solução para os seus super-problemas? E... pior que tudo... os super-heróis têm MESMO de pagar segurança social??

O segundo volume de Macho-Alfa apresenta-nos novos protagonistas, mais eventos estranhos, novas situações bizarras... e o mesmo super-herói na m***a de sempre!

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Novidade: Hoje foi o lançamento mundial do 29.º álbum de Blake e Mortimer e já está disponível em português! - Edição ASA

 


Não podíamos deixar de noticiar que hoje foi o lançamento mundial do 29.º álbum da série de Blake e Mortimer - "Oito Horas em Berlim!", da autoria da tripla Aubin, Fromental e Bocquet.

Já está disponível em português como habitual editada pela ASA, nas livrarias em geral e na FNAC com duas capas diferentes, uma delas em exclusivo!

Nós apenas o teremos na próxima 2.ª feira e por isso em breve voltaremos a falar com certeza desta série de grande sucesso na BD, iniciada pelo mestre Edgar P. Jacobs!

38.º Salão do Brinquedo este sábado!


 

Cada edição do Salão do Brinquedo é um regresso ao passado. Ali podemos encontrar brinquedos que nos fazem viajar no tempo e BD's vintage e de colecção. Se nunca foram, amanhã têm oportunidade de visitar o Salão no Hotel Roma, em Lisboa, entre as 10h e as 18horas. 

Novidade: "Bestiário da Isa" é o novo livro de Joana Afonso - Edição A Seita

 


"Bestiário da Isa" foi um dos vários novos livros apresentados pela editora A SEITA no AMADORA BD realizado há poucas semanas. 

Este novo livro de Joana Afonso está agora disponível nas livrarias e é mais um excelente trabalho da autora, que mantém o seu caminho na BD portuguesa, com vários títulos e prémios no seu palmarés: "O Baile" (com argumento de Nuno Duarte) venceu o prémio de Melhor Álbum no Amadora BD em 2014; foi também autora de "Deixa-me Entrar", Zahna" e desenhadora de "Living Will" (escrito por André Oliveira). Podemos ver ainda o seu trabalho nas antologias editadas no "The Lisbon Studio", um colectivo de que ela fez parte durante vários anos.

Este livro é um dos oito títulos incluídos no projeto «Garantir BD», apresentado pela cooperativa editorial A Seita e co-financiado pelo programa Garantir Cultura, que permitiu terminar o álbum e consolidar os três capítulos planeados pela autora num só álbum.

A sinopse:

Nem sempre é fácil fazer o que se gosta, que o diga a Isa, trabalhadora precária numa firma de controlo de pragas e... monstros, que sonha ser investigadora dos animais bizarros e míticos que povoam o mundo fantástico em que vive. Um dia, recebe Miguel, o seu sobrinho, e irá partilhar com ele uma aventura cheia de acção, terror e sobressaltos, onde só a paixão por estas criaturas os poderá ajudar. Será que no fim deste dia o sonho de Isa estará mais próximo de ser realizado?