Quando terminámos a leitura do terceiro volume de Undertaker, a Ala dos Livros anunciou a publicação do número quatro, o que nos agradou muito porque a história tinha ficado em suspense e assim, conseguimos ler um quase a seguir ao outro. Estávamos em pulgas para saber o que ia acontecer a Rose e também a Jonas Crow e Lin.
Não é à toa que esta série tem vindo a alcançar inúmeros prémios. "O Monstro de Sutter Camp" e "A sombra de Hipócrates", que como os dois anteriores são da autoria de Ralph Meyer (desenho) e Xavier Dorison (argumento), vieram comprovar uma vez mas que esta é uma das melhores séries de western de BD da actualidade. A série é escrita de forma muito dinâmica, com uma história cheia de acção e suspense, misturando os géneros policial com western e especialmente nestes dois volumes, também um bocadinho de terror, devido às características do vilão da história. E podemos dizer que há um toque de romance, que ficará aquém dos corações mais românticos. Nestes dois livros particularmente, sente-se uma corrida contra o tempo, quase de cortar a respiração, que nos agarra à história de um forma que sem darmos por isso já estamos quase a desejar que o vilão Jeronimus Quint morra depressa e que o pesadelo termine para as personagens que mais gostamos.
Dois livros que sugerimos serem lidos um a seguir ao outro e que embora nos levem a uma leitura rápida, não deixam de ser apreciados também pelo excelente desenho de Meyer, que acompanha com muita expressividade, as emoções das personagens, envoltas em cenários que nos levam a viajar para o oeste americano.
As duas sinopses:
Embora preferisse continuar sozinho a sua actividade de cangalheiro, neste terceiro volume de «Undertaker», Jonas Crow deixa de ser um lobo solitário para surgir associado à antiga (e bela!) governanta inglesa Rose Prairie, e a Lin, a imigrante chinesa. Esta equipa atípica percorre o país propondo funerais de luxo, mas o que aparenta ser uma pitada de tranquilidade num mundo de duros, terá curta duração… Jonas Crow reencontra um antigo coronel que lhe anuncia que “O Monstro de Sutter Camp está vivo”! Os tempos conturbados que passou na Guerra da Secessão reavivam-se na sua memória e é chegada a altura de ajustar algumas contas que tem pendentes com o passado… E como Jonas afirma no seu Evangelho do bom senso: “não poupes hoje aquele que amanhã poderá querer matar-te…”
Jeronimus Quint, aliás “O Monstro de Sutter Camp”, prossegue a sua fuga na companhia de Rose, que o segue na esperança de que Quint a cure. No seu encalço, Jonas Crow e Lin estão decididos a salvar a amiga e a ajustar contas com o monstruoso e sádico cirurgião. Mas como deter um homem cuja malvadez lhe permite transformar cada paciente inocente num cúmplice mortal contra o Undertaker?
Sem comentários:
Enviar um comentário