Já aqui falámos da Iguana, a nova chancela do Grupo Editorial Penguin Random House, que pretende estar atenta a novos talentos da BD e apresentar livros ilustrados e as bandas desenhadas mais arrojadas para adultos e jovens adultos. E esta nova chancela arrancou forte, com o título "O seu nome é Banksy", como uma das primeiras obras editadas. A autoria Francesco Matteuzzi, com desenhos de Marco Maraggi.
Não foi um título ou um tema qualquer, foi logo uma obra sobre um dos artistas mais famosos do mundo, a quem se deve que a Arte Urbana tenha passado a ser considerada como Arte.
O original, disruptivo e irreverente Banksy constitui também um dos mistérios mais incríveis da História da Arte, uma vez que até hoje ninguém sabe quem é, se é homem ou mulher ou se é um colectivo de artistas.
No livro, uma rapariga e um rapaz, apaixonados pela arte e a arte urbana refazem a história de Banksy, como se fosse um documentário, desde as primeiras obras do artista até os seus últimos trabalhos. Com uma série de flashbacks e saltos para frente, são exploradas a carreira artística, a postura política e social de Banksy e as teorias mais credíveis sobre a sua identidade.
Para nós foi muito interessante ler este livro/documentário, pois este ano visitámos uma exposição de obras de Banksy em Barcelona e à medida que íamos virando cada página e lendo as descrições de cada obra, íamos recordando tudo o que vimos. Isso fez-nos voltar a ver as fotografias que tirámos, das quais publicamos aqui algumas que aparecem ou são referidas no livro.
Quem tenha interesse por Arte Urbana, quem quiser conhecer um pouco mais sobre este/a/s misterioso/a/s artista e quem goste de Banda Desenhada, gostará de ler este livro que sem complicações, nos explica um pouco mais sobre a origem de cada obra. Uma arte que acima de tudo pretende ser uma enorme crítica aos governantes, ao capitalismo, à globalização e que também ridiculariza a própria arte.
O argumento de Matteuzzi convence, é despretensioso, cumpre o que é necessário para livro com estas características, explicando as coisas de forma clara e sem se tornar maçador com demasiadas descrições. Quanto ao desenho, é interessante e com uma paleta de cores pouco usual, onde predominam os tons mais quentes e escuros, coincidentes com o secretismo que envolve a actividade de um graffiter e que envolve a identidade do/a/s artista/s.
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