A nossa experiência com a Comic Con não começou da melhor maneira. Para começar, a nossa publicação que é das únicas existentes em Portugal sobre banda desenhada e uma das mais antigas, não foi aceite como órgão de comunicação social, com a justificação de que não cumpríamos os critérios da organização. Ainda assim, não quisemos perder o evento e rumámos ao Porto depois de termos comprado previamente os bilhetes. Chegados à Exponor, estivemos mais de duas horas à espera para entrar, numa fila sem fim. Inaceitável, até porque quem comprava bilhete na hora, não tinha fila de espera.
Já lá dentro, milhares de pessoas e milhares de estímulos visuais, com os adeptos do Cosplay a colorirem o evento. No que toca à banda desenhada, a lamentar o cancelamento da participação de Yves Sente, aliás um dos grandes problemas da Comic Con foram os vários cancelamentos de última hora, também noutras áreas, que levaram a uma chuva de reclamações nas redes sociais e não só. Conseguimos chegar à fala (e aos autógrafos) com alguns autores, mas mais uma vez aqui as filas eram confusas, sem identificação visível do nome dos artistas e estes com pouco espaço para se movimentarem e com imensas pessoas amontoadas a aguardar a sua vez.
Fora estes aspectos, a Comic Con teve um sem número de outros atractivos e efectivamente este é um evento de enorme dimensão e sem igual em Portugal. No entanto, o valor da entrada é caro demais para a experiência que é. Ainda assim, estiveram 52 mil pessoas, mais 20 mil que a edição do ano passado. Para o futuro, esperamos que a organização aprenda com os erros e cresça com as críticas e que consiga mudar os aspectos negativos.
Fotos Juvebêdê |
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