O Castelo dos Animais #2 - a nossa leitura

Terminámos a leitura de mais um magnífico livro de banda desenhada. O segundo volume da série "O Castelo dos Animais", com o título "As Margaridas de Inverno", editado pela Arte de Autor, é tão genial como o primeiro, da primeira à última página. Porém, quando chegamos ao fim parece que soube a pouco e ficamos com a mesma sensação que se fica quando termina a temporada de uma série televisiva que estamos a seguir. Ansiosos por mais e desejosos que venha a próxima para sabermos o resto da história.

Esta série, embora protagonizada por animais, dá-nos lições de grande humanismo. Toda a história nos mostra uma espécie de guerra entre bem e o mal, entre o que está certo e o que está errado. Há corrupção, oportunismo, crueldade, mas também há coragem, sabedoria, solidariedade. O espírito de sacrifício na luta pelos direitos dos animais da quinta é comovedor, e os actos execráveis dos poderosos, revoltam as personagens e também os leitores. 

Damos por nós a chorar as perdas e a celebrar e a vibrar com as pequenas conquistas dos animais da quinta, a ficarmos irritados com a injustiça da situação. E o facto da história nos conseguir provocar todas estas emoções, está relacionado com o excelente trabalho dos autores. Xavier Dorison já nos habituou a bons argumentos e Félix Delep é uma enorme revelação. Ambos conseguiram criar uma obra prima.

Relembramos a sinopse deste episódio e algumas das imagens do interior.

O inverno conquistou o castelo. O clima é severo para os seus habitantes... Mas Miss B. e os seus amigos, o coelho César e o rato Azélar, não disseram a última palavra.

Baptizado de "as Margaridas", o seu movimento continua. Para Miss B, derrotar a ditadura só pode ser feito evitando a mais terrível das armadilhas: a tentação da violência. Ela será capaz de convencer os seus amigos a resistirem pacificamente? O desafio parece muito difícil...