segunda-feira, 31 de março de 2025

Novidades: A Seita lança 4 mangás da colecção IKIGAI e uma promoção de pré-venda

 


O selo Ikigai d’A Seita lança uma promoção exclusiva (online no site aseita.pt) para o pack de pré-venda de com quatro mangás, mas também com 10% de desconto e portes gratuitos de todos os outros títulos, até dia 6 de Abril.

– Made in Abyss 3: Onde a curiosidade tem um preço e o fundo nunca é o fim.

– Deadpool Samurai 2: Onde o absurdo encontra o Japão… e nada faz sentido (como deve ser).

– Butterfly Beast II vol. 4: Onde o fio da espada é tão fino quanto o limite entre a justiça e a vingança.

– Gannibal 4: Onde a tensão chega ao limite, e os segredos já não se escondem — só se enfrentam.

Esta semana haverão mais novidades d'A Seita e lançamentos exclusivos no Coimbra BD e no Maia BD. Entretanto, iremos falar com mais detalhe sobre cada uma destas novidades.






A nossa leitura de "O Medo", de Maria Hesse - edição Iguana

 


"O Medo", editado pela Iguana, foi o terceiro livro que lemos da autora María Hesse e apesar de termos gostado dos anteriores, este foi o nosso preferido. Um livro que põe a autora a nu sobre os seus medos, que no fundo são comuns a tantas pessoas, especialmente às mulheres.

Comecemos por falar um pouco da autora. Maria Hesse é uma ilustradora e escritora espanhola que tem vindo a ser conhecida pelas suas obras serem extremamente visuais, com ilustrações muito intensas e coloridas, com figuras muito expressivas.

David Bowie, Frida Kahlo e Marilyn Monroe, são figuras que já foram protagonistas dos seus livros, em biografias ilustradas. Mas há livros mais pessoais, como é o caso de O Medo, em que a autora nos apresenta uma espécie de diário emocional ilustrado, mostrando-nos as suas fragilidades. Especificamente neste título, María Hesse fala no medo como sentimento universal, mas também muito pessoal, pois cada pessoa tem os seus medos e a forma dos enfrentar. Desde a infância à vida asulta, vamos assistindo a um elencar de medos diversos (desde o bullying na escola até às relações amorosas tóxicas), mas que desaguam todos em consequências como a ansiedade e a insegurança.

Ao mesmo tempo que vai confessando aos leitores parte da sua intimidade, vai ilustrando-a de uma forma que ao mesmo tempo consegue ser delicada, simbólica e poética, no seu estilo muito próprio onde os corpos nus, flores, natureza e animais estão sempre presentes.







domingo, 30 de março de 2025

Lisboa: Fomos à exposição Monstros de Estimação e aconselhamos que façam o mesmo

 

Não queríamos perder esta exposição e já lá fomos! Aconselhamos a visita a estes "Monstros de Estimação - Dear Monsters", que podem ser vistos na Biblioteca Arquitecto Cosmelli Sant' Anna, na rua Alexandre Herculano, em Lisboa, de segunda a sexta das das 10h às 13h e das 15h às 17h, até dia 13 de Abril.

Estão expostos os vencedores, as menções honrosas, trabalhos de vários escalões etários e alguns da autoria de nomes mais conhecidos.

Feitos de papel ou digitais, saídos da imaginação de 102 autores, chegam 181 monstros de todas as formas e feitios: os que voam, os que andam de mota, os aquáticos, os que vivem dentro de garrafas… que prometem muita monstruosidade.  














BDs da estante - 627: Lucky Luke - A Caravana, de Morris e Goscinny - edição ASA

 


A Califórnia sempre atraiu muita gente e este álbum acompanha o percurso de uma caravana no seu caminho para esse paraíso (???). Mas afinal, parece que para se chegar ao paraíso há que atravessar o inferno, já que o Oeste Americano está cheio de armadilhas: bandidos da pior espécie, rotas pouco fiáveis e índios ávidos de escalpes de caras pálidas. É por isso que apenas um homem poderá escoltar a caravana, transpor os obstáculos e levar esta gente sã e salva até ao seu destino: Lucky Luke.

Uma edição de 2007, da ASA.


sábado, 29 de março de 2025

A 6.ª edição do Ilustra BD irá decorrer no Barreiro de 5 de Abril a 27 de Julho

 


No próximo sábado a 6.ª edição do Ilustra BD abre as suas portas, no Barreiro, e conta com uma programação diversificada, reunindo autores, editores e o público, de 5 de Abril a 27 de Julho.

Eis a programação:

5 de Abril - Auditório Municipal Augusto Cabrita - AMAC

14h00 às 19h00 – Inauguração das Exposições |  Feira de livros de ilustração/BD

16h00 - Conversa com Autores/Editoras Participantes (Piso 1) Participantes: Susa Monteiro, Alain Corbel, Jorge Buesco e Paulo Monteiro - Moderação: Pedro Moura

13 de Abril (AMAC)

Oficinas de Ilustração, O Território dos pedaços e dos contos, com Alain Corbel 

11h00 - para famílias - 15h00 - para público em geral

4 de Maio (AMAC)

10h00 – Workshop “Como fazer uma banda desenhada sem saber desenhar”, com Paulo Monteiro

11 de Maio (AMAC)

10h00 - Workshop de desenho de BD para jovens, “Contando uma história com imagens desenhadas”, com Filipe Duarte

7 de Junho (Biblioteca Municipal do Barreiro)

16h00 - Inauguração da exposição “A little girl” de André Caetano

8 de Junho (Biblioteca Municipal do Barreiro)

11h00 – Workshop dos 6 aos 12 anos, Zoo Geométrico Oficina de Artes Visuais, com André Caetano

15h00 - Workshop partir dos 13 anos, Contar Histórias em Banda Desenhada, com André Caetano

15 de Junho (AMAC)

10h00 - Oficina de ilustração para os mais jovens com Joana Geraldes

15h00 - Workshop de desenho de BD para jovens com Hugo Teixeira

22 de Junho | (AMAC)  

10h00 - Workshop de ilustração “Desenhar a Máti“ com Carlos Rafael.


EXPOSIÇÕES:

5 de Abril a 1 de Junho

“Hent ar Skeudennoù, O caminho das imagens”, de Alain Corbel;

“De Tezuka a Tanigushi. Breve Viagem Através do Mangá”, exposição bibliográfica com curadoria de Paulo Monteiro;

5 de Abril a 27 de Julho

“Coleção dos dias passados”, de Susa Monteiro;

“Uma Viagem pela História”, com a Gradiva.


7 de Maio a 6 de Setembro – “A little girl”, ilustração de André Caetano

Luís Louro foi agraciado com a Medalha de Mérito Cultural da Cidade de Lisboa

 


Foi propositado só hoje falarmos aqui no Juvebêdê desta grande notícia sobre Luís Louro apesar de termos tido a informação logo desde a sua atribuição. 

2025, será seguramente um ano para Luís Louro recordar pelos melhores motivos. Celebra 40 anos de carreira, irá lançar em breve um novo livro "Baba Yaga", tem outros projectos na manga e esta semana foi aprovado em reunião camarária a atribuição da Medalha de Mérito Cultural da Cidade de Lisboa, homenagem justíssima e merecida da Câmara Municipal de Lisboa, sendo a primeira vez que a Banda Desenhada é distinguida com esta Insígnia.

Transcrevemos parte do texto divulgado, porque diz tudo. 

"40 anos a desenhar a sua cidade, onde nasceu e cresceu, Luís Louro conseguiu através da Banda Desenhada captar toda a beleza e essência de Lisboa. Criou o primeiro Herói Lisboeta no activo, O Corvo, cuja missão é proteger a cidade e cujo superpoder é ajudar os outros.

Também recentemente, com O Corvinho, fez chegar a força desse herói aos mais pequenos, encaminhando-os até à magia da cidade.

O seu traço arejado, único e reconhecível, a par do uso de cores vibrantes que também o caracteriza, revela em cada monumento, casa, telhado, janela, rua, ou viela, a luz tão especial que banha a cidade e, principalmente, o seu amor por Lisboa.

Luís Louro e as suas histórias fazem de Lisboa uma cidade ainda maior e dão a Portugal um brilho que vai muito além do papel, marcando na memória de cada um, abarcando até a beleza da fealdade, como fez magistralmente em Alice, Watchers ou Sentinel."

Deste lado, como lisboetas que somos, estamos muito orgulhosos pelo autor e sobretudo por este amigo talentoso que desenha Lisboa como ninguém. Parabéns Luís, estamos convictos que 2025 não se ficará por aqui no que toca a homenagens à tua obra, tal como mereces por tudo o que tens dado e por tudo o que significas para a banda desenhada nacional. 

(a foto foi tirada quando recebeu o Troféu de Honra na edição de 2024 do Amadora BD)

sexta-feira, 28 de março de 2025

A opinião de Miguel Cruz sobre "Thorgal t.42 – Ozurr le Varègue", de Yann e Vignaux e "L’Ombre des Lumières – t.2", de Guérineau e Ayroles

 


Thorgal t.42 – Ozurr le Varègue

Ozurr le Varègue, ou seja, o Viking Ozurr que viajou para as terras de Leste, é irmão de Gandalf, o defunto chefe do clã e pai de Aaricia, e está de volta depois de 30 anos de exílio. Arrogante, brutal, Ozurr vem acompanhado de dois outros mercenários vikings, de dois escravos e de cofres com ouro e com algumas armas pouco habituais para os vikings.

Por seu lado, Thorgal regressa a casa após uma forte tempestade, gelado tal como os seus companheiros – entre os quais o seu filho Jolan e uma jovem de nome Boreàle (conhecemo-la em episódios anteriores) que tem as mesmas origens atalantes que Thorgal.

Este é o 42º tomo das aventuras de Thorgal (como sempre da editora Lombard), sendo o sempre presente Yann responsável, uma vez mais, pelo argumento, e Fred Vignaux o “dono” do desenho. E, com toda a sinceridade, eu continuo a acompanhar a saga do Viking Thorgal e da sua família graças ao desenho de Vignaux. Vamos lá ver: uma série que continua e continua, ao fim de 42 tomos, mais uma quantidade enorme de volumes derivados sobre esta ou aquela personagem, não pode, como é óbvio continuar a entregar com regularidade a qualidade que se pretende. Nenhuma série o consegue, lembremo-nos desde logo do caso de Ric Hochet.

No entanto, confesso que este tomo foi de agradável leitura. Não há grandes novidades, a história é simples, a sua estrutura é clássica, não há grande surpresa em descobrir o mau da fita, mas a narrativa é cativante, simples, com toques de sobrenatural e exotismo sem grandes excessos ou exageros. Não há atos de heroísmo pouco credíveis, sendo as personagens totalmente consistentes com o que acontece nos 41 tomos anteriores (e mais alguns). Há algumas referências a anteriores episódios e acontecimentos, mas a leitura deste tomo nada perde de significativo se for isolada. E a agradabilidade deste tomo deriva essencialmente, diria, de se tratar de uma história passada exclusivamente na aldeia.

Quanto ao desenho, ahhhh, que maravilha. Quase nos esquecemos que o desenhador original da série era o grande Rosinski. Admito que seja uma questão de gosto. Eu gosto: grandioso, fluido, expressivo. Para melhor apreciar o desenho, optei por uma edição a preto e branco, e por essa razão não vou comentar as cores que, naturalmente, apoiam particularmente as cenas de tempestade.

Não será o álbum do ano, mas merece a leitura, mesmo daqueles que já estão fartinhos de séries que são como no anúncio do coelhinho Duracell: duram, duram…



L’Ombre des Lumières – t.2

Já lá vão longos meses desde que tive a oportunidade de “falar” um pouco sobre o primeiro tomo de L’Ombre des Lumières, de que gostei. Recentemente publicado, o tomo 2 dá sequência à narrativa do cavaleiro de Saint Sauveur, apresentada com base na correspondência do mesmo e de algumas outras personagens (mas que aquele normalmente acaba por ler!?!).

Saint Sauveur, crivado de dívidas e marcado pela desonra, chega, neste segundo tomo da trilogia prevista, ao Canadá de meados do século XVIII. Mas a desonra não acalmou o nosso cavaleiro, e as dívidas não o levam por bom caminho. Aceitando um desafio de desonrar uma jovem (Aimée) de boas famílias para vingança de outro nobre francês, como contrapartida da anulação de uma parte significativa das suas dívidas, Saint Sauveur mostra-se particularmente maquiavélico, intrigante e falso, promovendo a relação entre a jovem e o seu “criado” indígena (que se pensava ser iroquês) para culminar no casamento dos dois. 

As peripécias são diversas, o sedutor e galante cavaleiro vai conseguindo os seus fins, com prejuízo para diversas pessoas, normalmente os mais “fracos”, incluindo o seu criado principal. A narrativa é interessante, e lê-se de um trago, mas as surpresas são variadas, e nada corre de acordo com os planos (de nenhuma das personagens, aliás).

O desenho de Richard Guérineau é fantástico, com uma estrutura clássica, mas com um sentido narrativo e uma desenvoltura quer nas cenas de interior, quer na ilustração dos espaços frios e húmidos do Canadá francófono. O autor é tão hábil a retratar estilos de vida e introspeção de personagens, como cenas de ação. Para mim, esta continuação está ainda uns furos acima do primeiro tomo.

Tal como no primeiro tomo, a edição desta BD é cuidada. Capa, contracapa, letragem, tudo, tudo, mostra uma edição atrativa e de qualidade. As cores do próprio desenhador constituem um elemento importante na capacidade de ritmar a história, frequentemente luminosas, por vezes tenebrosas, mas sempre inquietantes.

O argumento desta BD ficou a cargo de Alain Ayroles, nosso conhecido em Portugal pelo excelente O Burlão das Índias, e autor de uma série que me deliciou “De Cape et de Crocs”. Como é seu timbre: excelente, bem escrito, poético com frequência. De Guérineau, pelo contrário, penso que nada há publicado em Portugal, nem mesmo o seu episódio de XIII Mystery. Mas este é um autor que tive a oportunidade de conhecer e com quem pude falar longamente, e que me continuará a merecer a confiança, pela entrega, pela preocupação com a pesquisa e exatidão, e qualidade de desenho. Editado pela Delcourt.



A nossa leitura sobre Assinado “Olrik” - tomo 30, de Yves Sente e André Juillard - Edição ASA


Este deve ser um dos álbuns mais tristes pós Edgar P. Jacobs (1904/1987), pois o desenhador André Juillard (1948/2024) faleceu a 31 de Julho de 2024, com 76 anos, antes da publicação, em Novembro, desta nova aventura da dupla mais britânica da banda desenhada. Este autor que conhecemos pessoalmente, era um senhor pela sua simpatia e pelas suas interessantes conversas e que vai para além desta emblemática série de Blake e Mortimer, contando com outros excelentes álbuns de banda desenhadas desenhados e criados por si.

Este Assinado “Olrik” é o 30.º álbum da série de banda desenhada “Blake e Mortimer”, criada por Edgar P. Jacobs. Este álbum tem para além do desenho de Juillard, o argumento de Yves Sente, dupla que já tinha trabalhado em conjunto no álbum 14 da série, intitulado A Conspiração Voronov.

Em relação à história, centra-se na inesperada e impensável colaboração entre os protagonistas, o Capitão Francis Blake e o Professor Philip Mortimer, e o seu arqui-inimigo, o Coronel Olrik. Juntos, enfrentam o The Free Cornwall Group, uma organização independentista que procura o lendário tesouro do Rei Artur e a mítica espada Excalibur. Paralelamente, o Professor Mortimer testa uma nova invenção, a escavadora portátil “A Toupeira”, na Cornualha, região onde se desenrola grande parte da ação e que passa a ser fundamental no desenrolar da história.

Assinado “Olrik” oferece-nos uma trama repleta de intriga e aventura, mantendo a linha e a essência que caracteriza a série “Blake e Mortimer”. A colaboração entre os heróis e o seu antigo inimigo adiciona uma dinâmica interessante à história, explorando temas como a lealdade e redenção.

Todos os fios da trama serão assim enredados no coração deste condado de conto de fadas localizado no extremo sudoeste da Grã-Bretanha. Mais precisamente no castelo de Tintagel, que há muito tempo permanece associado às lendas arturianas.

Nesta aventura encontramos o fascínio de Jacobs pelas lendas históricas e arqueológicas que ele já nos havia mostrado no álbum O Mistério da Grande Pirâmide ou A Armadilha Diabólica. O Castelo de Troussalet, de S.O.S. Meteoros, agora dá lugar ao mítico castelo de Tintagel, com as suas costas selvagens, entre história e lenda. Diz-se que foi aqui, no século XII, que o rei Artur foi concebido, já que Uther Pendragon teria seduzido a rainha Igraine, depois de assumir a aparência do seu marido, o duque da Cornualha, graças à magia de Merlin. Sem esquecer que a espada Excalibur estaria lá, preciosamente preservada no túmulo de Artur, em Avalon...

Este álbum tem ainda um particular significado por ser o último trabalho de André Juillard, que faleceu antes da sua publicação. Apesar da dedicação em conseguir concluir a obra, alguns críticos apontam para o facto das ilustrações apresentarem algumas falhas, provavelmente devido à sua frágil condição de saúde na época. Em nossa opinião, achamos que isso é um pormenor que não tira brilho ao desenho e por isso não temos a mesma opinião, pois por vezes a complexidade do desenho de Juillard permite que exista um ou outro pormenor que podia ser melhorado. Apesar da doença, o traço de "linha clara" de Juillard faz maravilhas, sempre tão elegante, imaginativo e preciso.

A edição portuguesa foi publicada pela ASA e tem disponíveis duas versões, uma em formato tradicional de 64 páginas e outra versão apresentada em formato horizontal (italiano) com cerca de 192 páginas.





quinta-feira, 27 de março de 2025

A opinião de Miguel Cruz sobre "Spirou et Fantasio T.57 - La Mémoire du Futur", de Guerrive e Abitan

 


Spirou et Fantasio T.57 - La Mémoire du Futur

Tenho de começar por apelar à memória do/da leitor/a: Este tomo (57) da coleção clássica de Spirou e Fantasio vem terminar uma história começada no tomo anterior cujo título era “A Morte de Spirou”, de que tive oportunidade de “falar”, e no final do qual o nosso querido Spirou desaparece.

Pois é, como seria de esperar, reaparece aqui.

Spirou e Fantasio tinham ido investigar um resort submarino, Korallion, gerido pela filha de John Helena, personagem que conhecemos bem de “O Refúgio da Moreia”. Só que, no final do primeiro tomo descobrem que, usando tecnologia desenvolvida por Zorglub, o ambiente belo, atraente e pacífico do resort é uma mera ilusão.

Os ocupantes do resort são, individualmente ou em grupo, encarcerados numas redomas em que são mergulhados num estado quase inconsciente, em que vão imaginando as férias dos seus sonhos.

Penso já ter dito que o nosso “paquete” desaparecido reaparece. Pois é, só que vai reaparecer em 1958, ano da exposição universal em Bruxelas (donde o atomium na capa), e com a ilusão de que está tudo bem, e de que as suas últimas aventuras nunca existiram. Só que Spirou vai-se apercebendo, desde logo por aparições estranhas de Fantasio, de que alguma coisa está errada, a confusão entre a realidade e a ilusão é grande.

Fantásio e Seccotine tudo fazem para trazer Spirou à realidade, com uma pequena ajuda do Conde de Champignac. Para tal, acabam por ter de provocar o colapso do sistema (de inteligência artificial??) que cria as falsas realidades. Quando tal ocorre torna-se necessário escapar à realidade do encarceramento uns bons metros abaixo do nível do mar.

Os nossos heróis vão-se, naturalmente, salvar – fica já dito. E no decurso desta aventura, vamos presenciar duas festas distintas: uma nas instalações da editora Dupuis, para celebrar o aniversário da revista (onde Spirou, desaparecido, acaba substituído) e outra em 1958, nos jardins do castelo de Champignac. Nestas festas cruzamo-nos com diversas personagens e autores: Gaston, Morris, o Presidente da Câmara, Franquin…

Confusos/as? Pois, é natural. Este argumento de Sophie Guerrive e de Benjamin Abitan não é fácil, não é linear, algo rebuscado, imaginativo, recorre a muita nostalgia. O desenho é, como habitualmente a Olivier Schwartz, excecional, agradável, dinâmico, colorido, divertido, embora o seu estilo seja bastante distinto do de Franquin. Schwartz é um dos meus autores preferidos, mesmo se este díptico não seja das aventuras mais memoráveis de Spirou editadas pela Dupuis.









Novidade DEVIR: a excelente "A Trilogia Nikopol", de Bilal está disponível a partir de hoje nas livrarias

 


A Trilogia de Nikopol, de Bilal é o primeiro título da nova colecção Obras Premiadas em Angoulême que a DEVIR edita a partir de hoje e que já está disponível nas livrarias. Esta colecção vai contar com oito excelentes títulos e que sairão em vários meses, sendo que o último será em Novembro.

Aclamada pela sua visão futurista, A Trilogia Nikopol, de Enki Bilal, continua a fascinar leitores e críticos. Num contexto marcado por rápidas transformações sociais, políticas e tecnológicas, a obra revela uma pertinência surpreendente, refletindo desafios contemporâneos como a instabilidade geopolítica, as crises ambientais e a evolução implacável da inteligência artificial. A narrativa convida-nos a questionar a natureza do poder, a responsabilidade humana e o impacto das decisões coletivas num mundo cada vez mais interligado e, paradoxalmente, fragmentado.

O segundo titulo a ser editado durante Abril será "Alack Sinner: Polícia ou Detetive", da dupla Muñoz e Sampayo.


A sinopse

Num futuro distópico, Paris vive sob uma ditadura. 

Alcide Nikopol, um astronauta de 1993 regressa acidentalmente à Terra, quando é acordado de um sono criogénico de 20 anos. 

Um ser que se auto-intitula Hórus, um deus egípcio, usa-o nos seus jogos de poder, enquanto uma pirâmide que abriga deuses egípcios imortais flutua sobre a cidade. 

Com as histórias: A feira dos imortais, A mulher armadilha e Frio Equador.   

O Autor

Enki Bilal, nascido a 7 de outubro de 1951, em Belgrado, é um artista, escritor e cineasta de renome mundial, naturalizado francês, cuja obra transcende as fronteiras
do tempo e do espaço. Com uma carreira que se estende por várias décadas, Bilal é reconhecido pela sua capacidade de mesclar influências históricas, mitológicas e futuristas,
criando narrativas que desafiam o convencional.







quarta-feira, 26 de março de 2025

Vencedores Passatempo: eis os quatro vencedores e as frases inspiradoras do nosso passatempo com a Presença Comics


Não foi fácil porque tivemos participantes muito inspirados, mas hoje apresentamos as frases vencedoras, os autores e os títulos que ganharam, sorteados aleatoriamente, do passatempo que realizámos em parceria com a Presença Comics. 

Parabéns aos vencedores e obrigado a todos os que participaram. E estejam atentos que em breve lançaremos um novo desafio.

João Marques (Instagram)

Na Primavera os livros florescem em cada página, semeando histórias que a Presença eterniza e a Juvebêdê celebra.

Livro - A Menina que veio do outro lado  - volume 7

Maria de Fátima Linhares (Instagram e Facebook )

Os livros trazem-nos a primavera todos os dias, com o início de novas leituras que nos dão novos mundos.

Livro - O Meu Casamento Feliz - volume 3 

Pedro Miguel Tavares (Facebook)

Primavera é quando os livros abrem páginas como pétalas e histórias brotam entre as linhas, regadas por um sol que transforma cada frase em raízes de sonhos.

Livro - O Meu Casamento Feliz - volume 1

Nuno Leitão (Facebook)

O Inverno acabou... É tempo do regresso dos Festivais de Banda Desenhada, de reencontrar os amigos da BD e de receber os novos livros trazidos pela Primavera!

Livro - Solo Leveling  - volume 11


Pedimos aos vencedores que nos contactem por mensagem privada, para podermos tratar do envio ou entrega dos livros.

Novidade ASA: No Inferno de Indianápolis - O primeiro título das Corridas Lendárias de Michel Vaillant



A ASA lançou recentemente uma colecção do universo Michel Vaillant. Trata-se de Corridas Lendárias, onde os leitores podem (re)descubrir as maiores corridas através de novos insights e histórias! O primeiro volume é este, No Inferno de Indianápolis, de Denis Lapière e Vincent Dutreuil. Já está disponível nas livrarias!

A sinopse:

Edição das 500 Milhas de Indianápolis de 1966: uma corrida lendária em muitos aspectos. Primeiro porque causou rapidamente um massacre entre os carros na largada, mas sobretudo porque ofereceu um suspense avassalador entre Graham Hill e Jim Clark, dois campeões que disputaram a corrida até a –contestada – vitória do primeiro. Porque as autoridades de Indianápolis se envolveram nos truques dados a Clark? E o que aconteceu nos bastidores deste evento lendário? Michel Vaillant estava lá. E irá revelar todos os seus segredos... 



terça-feira, 25 de março de 2025

Novidade ASA: Borboleta, novela gráfica de Madeleine Pereira chega hoje às livrarias!

 


Outra das recentes novidades da ASA e que chega hoje às livrarias, é esta novela gráfica intitulada "Borboleta", da autoria de  Madeleine Pereira, sobre o tema da emigração portuguesa para fugir à ditadura e à guerra colonial. Estamos entusiasmados com esta leitura e com o facto da autora vir a Portugal em breve.

Mas vamos à sinopse:

“Ei, Madeleine, é óbvio que você é portuguesa, você até tem Pereira no apelido."

Constantemente trazida de volta às suas origens, o conhecimento de Madeleine sobre Portugal limita-se a Cristiano Ronaldo, piadas xenófobas sobre o "Guesh" e a língua, mesmo assim, algo que o seu pai lhe transmitiu. Mas este último, chegou a França aos doze anos, recusou-se a vida toda a falar do seu país natal e da sua infância sob a ditadura...

Como resultado, Madeleine mal sabe que Salazar era um ditador e não apenas um bruxo malvado em Harry Potter. Porém Madeleine sente uma necessidade profunda de se reconectar com suas raízes, e se seu pai não quiser ajudar, então ela terá de procurar respostas em outro lugar. Começando pelos muitos amigos, imigrantes portugueses, que têm. Da região de Paris a Lisboa, Madeleine vai recolhendo as suas histórias de vida. Aos poucos, traça o fio da história de Portugal e, através dele, tenta conhecer mais sobre si mesma. 




Sinais de Afeto, o primeiro shōjo da Distrito Manga chega às livrarias no dia 31 de março

 


A Distrito Manga tem uma novidade: Um livro ternurento sobre a capacidade de se expressar e comunicar com os outros. Uma história apaixonante de um amor feito de gestos, uma história de slice-of-life, romance e vida escolar, adaptada a um anime, com grande sucesso. Perfeita para leitores amantes de histórias do dia a dia, romance e amizades.

A sinopse:

Poderá um encontro inesperado no comboio tornar-se algo mais?

Yuki é surda e comunica através de língua gestual e mensagens escritas. Quando, um dia, um turista lhe pede informações em inglês, ela atrapalha-se, sem saber o que fazer… até que alguém aparece para ajudar. O nome dele é Itsuomi e, por coincidência, frequentam a mesma faculdade. Viajante carismático, Itsuomi fala três línguas, mas nunca conheceu uma pessoa surda. Os dois sentem-se imediatamente atraídos um pelo outro.

Poderão estes sentimentos tornar-se algo mais sério?