terça-feira, 17 de março de 2020

Extraordinária leitura de quarentena - O Penteador


Nestes dias de quarentena, para além de trabalhar de casa, vamos também tendo mais tempo para outros momentos. E aqui a leitura representa um papel fundamental. Vai daí, aproveitamos para pôr em dia tantos livros em atraso. Um deles foi este. Uma edição muito recente da editora Escorpião Azul. 
Antes de começar a ler ficamos a saber que o autor Paulo J. Mendes esteve muito tempo distante da banda desenhada, após ter realizado algumas experiências há muitos anos. Este seu reencontro com a nona arte, este seu regresso, não podia ter sido melhor. A sua "desnovela" gráfica como gosta de lhe chamar, com o título "O Penteador" é genial. Os desenhos são fantásticos, de uma simplicidade mas ao mesmo tempo cheios de pormenores e de portugalidade. Passear por Poço Redondo e por todos os locais da história é como se estivéssemos em várias localidades portuguesas. Os monumentos, as igrejas, a paisagem natural. 
E as personagens? Os geniais nomes de cada uma já dão vontade de rir. Mas em todas elas reside o bom humor e a boa disposição que esta leitura nos transmite, onde não falta um presidente da junta, um presidente da câmara, um padre, um rei e até o papa!
Aqui fica a nossa sugestão para que não percam a leitura deste divertido e despretensioso "Penteador".
Quanto ao Paulo J. Mendes, só podemos dar-lhe os parabéns e esperar que não se afaste nunca mais da banda desenhada, porque agora têm fãs a aguardar ansiosamente por mais trabalhos.
Fiquem para já com a sinopse e com o autógrafo dedicado no Coimbra BD ao Juvebêdê.

Candidato a um emprego numa velha loja de miudezas, o jovem Mafaldo Limparrim desloca-se a Poço Redondo, vila suburbana de montanha conhecida pelos seus maus ares, para conhecer o seu idoso e irrequieto patrão.
Contaminado desde o primeiro minuto, acabará por retirar-se à socapa após uma rigorosa familiarização com algumas especialidades e personagens locais. 
Diversas circunstâncias, contudo, ditarão o sucessivo regresso do jovem à peculiar vila, sempre acompanhado por um crescendo de personagens cada vez mais ilustres.
Este livro marcar o reencontro do autor com a banda desenhada depois de anos de interregno. Como ele gosta de designar, "O Penteador" é uma espécie de desnovela gráfica.

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