segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Sete co-edições da Arte de Autor e A Seita para 2022/23

A parceria entre a Arte de Autor e A Seita continua a dar bons frutos. Para felicidade de quem gosta de boa Banda Desenhada, as duas editoras revelaram o que aí vem, dando uma vez mais um grande exemplo de cooperação e onde todos ficam a ganhar. As editoras e nós leitores.

Como muitos fãs de banda desenhada portugueses sabem, a Arte de Autor e A Seita iniciaram há um pouco mais de um ano uma colaboração algo inédita no mercado português, para co-editar livros de BD, principalmente de franco-belga. Essa cooperação nasceu de uma conversa fortuita durante o Festival de BD de Angoulême, em Janeiro de 2020, em que se deram conta de que estavam a tentar comprar os direitos dos mesmos livros. Dessa conversa surgiu a ideia de, em vez de competirem e entrarem numa espécie de leilão, podiam colaborar e co-editar esses livros. E assim nasceu o seu primeiro livro em conjunto, “Shanghai Dream”, de Jorge Miguel e Philippe Thirault, e a intenção de editar outros livros, consoante os projectos editoriais de cada uma das editoras. Em 2021 continuaram essa colaboração: mais um livro do Jorge Miguel, desta feita “Sapiens Imperium” (com Sam Timel), bem como “Os Olhos do Gato”, de Moebius e Jodorowsky, e “O Combate Quotidiano” de Manu Larcenet (o primeiro volume). 

Esta colaboração vai continuar este ano, e vão continuar com os projectos que se propuseram: continuar a editar a obra de Jorge Miguel em Portugal, e concluir “O Combate Quotidiano”. No entanto, decidiram juntar forças para mais uma série de livros em 2022 e 2023!

Começam com “Noir Burlesque” de Marini, um policial negro e pulp, ambientado nos anos 1950, que junta paixão, crime, ciúme e vingança numa história que é, como o diz o Le Figaro, “a sua homenagem pessoal ao cinema de Hollywood dos anos 50”. Um álbum magnífico a preto e branco e… vermelho! (último trimestre do ano).

Vão também iniciar uma colecção de obras de Zidrou. Começarão com "Naturezas Mortas”, com arte do espanhol Oriol, no final do ano e no início de 2023 um segundo livro: “Emma G. Wildford”, ilustrado por Edith. São duas histórias maravilhosas, e um convite a que mais leitores portugueses descubram a obra de Zidrou.

Também para o final do ano um álbum completo, uma história fechada, “O Cavaleiro do Unicórnio”, uma saga medieval com toques de fantástico e em tons de alegoria sobre a violência, com argumento de Stéphane Piatzszek e arte de Guillermo Gonzalez Escalada.

E, finalmente, com lançamento previsto para inícios de 2023, um álbum que foi um dos grandes sucessos em França nos anos mais recentes: “Na Cabeça de Sherlock Holmes” de Cyril Liéron e Benoit Dahan, um álbum que reúne os dois primeiros volumes da série num livro com mais de 100 páginas que apresenta “O Caso do Bilhete Escandaloso” numa integral com a qual mergulhamos (literalmente!) na cabeça do detective de Conan Doyle.

A estes livros juntam-se “O Fado Ilustrado”, a re-edição de uma interessante obra de Jorge Miguel, que segue a história e os meandros da Lisboa do fim do século XIX e, claro, o segundo volume (e final) de “O Combate Quotidiano” de Manu Larcenet, uma das obras-primas deste grande autor franco-belga contemporâneo.

São sete livros, distribuídos entre o segundo trimestre do ano (o “O Fado Ilustrado” e “O Combate Quotidiano” serão editados entre Abril e Junho) e o último trimestre de 2022 e primeiro de 2023.








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