quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Novidade: Moonshine 5 - Bebida de Guerra é a última novidade da G. Floy Portugal em Agosto


Como já divulgámos três das quatro novidades editadas pela G. Floy Portugal durante este mês de Agosto, apenas nos faltava "Moonshine - volume 5" a última a sair nas bancas, precisamente a partir de hoje 31 de Agosto.

Moonshine - Volume 5 com o título "Bebida de Guerra" é da autoria de Brian Azzarello e Eduardo Risso e é nem mais nem menos que a conclusão desta série.

E como não queremos contar muito deste final apenas aqui fica um pouco da história final e algumas imagens do interior.

Lou Pirlo, o gângster tornado lobisomem, regressa finalmente às raízes em Nova Iorque. E não podia ter voltado em pior altura, com o fim da lei seca e dos dias felizes de quem ganhava a vida com o contrabando de álcool. E, com a guerra iminente entre Joe o chefe e os Holt, a vida de Lou está prestes a tornar-se ainda mais cabeluda.







terça-feira, 30 de agosto de 2022

Novidades: Gradiva edita volumes 5 e 6 da série Alix Senator

 




A Gradiva continua a editar a bom ritmo a série Alix Senator, agora com a edição dupla dos volumes 5 e 6, continuando assim a encurtar os volumes em falta já editados originalmente (que são já 13 volumes editados pela Casterman).

Assim estão já disponíveis os títulos "O Uivo de Cibele" e "A Montanha dos Mortos", da autoria de Thierry Démarez e Valérie Mangin.

Em breve falaremos de cada volume individualmente, mas aqui ficam as capas e outras imagens.






segunda-feira, 29 de agosto de 2022

A opinião de Miguel Cruz sobre: "La Fortune des Winczlav 2 – Tom & Lisa 1910", de Van Hamme e Berthet e "Mortel Imprévu", de Dominique Monféry




La Fortune des Winczlav – Tom & Lisa 1910

No ano passado, a editora Dupuis deu início à publicação de uma nova série, neste caso uma espécie de prequela de uma das suas galinhas dos ovos de ouro: Largo Winch. Como sabemos, nos primeiros tomos daquela série de grande sucesso (publicados no início da década de 90 do século passado), Largo é o herdeiro de uma enorme fortuna, e de um poderoso grupo de empresas. Com esta nova série - La Fortune des Winczlav - o objetivo é conhecer de onde vem essa fortuna.

A intenção de aproveitamento da marca Largo Winch por parte da Dupuis é óbvia. A grande questão é se tal é feito com qualidade. E para esta série foram escolhidos Jean Van Hamme, um dos históricos da BD franco-belga (Thorgal, XIII, Wayne Shelton, Rani, Lers Maitres de L’Orge, etc) e argumentista da série original, e Berthet, dono de um excelente desenho com características únicas, que em português conhecemos com O Detetive de Hollywood, Cães da Pradaria, Cor de Café e também XIII Mystery. A aposta não foi pequena.

Para uma série prevista em três tomos, diria que a aposta está a ser ganha, com a publicação dos dois primeiros tomos, o segundo dos quais muito recentemente. 

Os tomos são trabalhados enquanto saga familiar, com o primeiro a ter início em 1848 e a acompanhar a fuga do jovem Vanko Vinczlav do seu Montenegro natal. O segundo, e como o título indica, acompanha a família a partir de 1910, e já (essencialmente) em solo americano, mais concretamente em Oklahoma. Thomas Winczlav, neto de Vanko, centra-se na gestão (com muita ajuda) do negócio de Whiskey – e negócios associados – e a sua irmã Lisa acompanha a guerra na Europa. O primeiro acaba por descobrir uma vocação na área das finanças e do negócio bancário, e a segunda intervém ativamente na guerra, num papel reservado aos homens e conhece o célebre Barão Vermelho (como se pode ver na capa).

Quanto ao desenho, Berthet é um mestre, o desenho é muito bom, muito legível, as cenas são bem caracterizadas, as expressões são claras, as cenas de ação excelentes, as perspetivas são sempre muito “cinematográficas”. O único senão será talvez que uma ou outra personagem, sem que isso prejudique a leitura, são muito semelhantes.

Van Hamme apresenta-nos uma saga familiar, bem escrita, com uma estrutura tradicional, mas inúmeros elementos de surpresa. Nada é previsível, o que é sempre bom, e mesmo o “rebuscado” é transformado em credível.

Portanto, esta série e, particularmente este segundo tomo Tom & Lisa 1910, são muito interessantes e recomendáveis e – isto é sempre importante – deixam-nos com apetite para ler o terceiro e último tomo, que permitirá fazer a ligação à série principal Largo Winch.



Mortel Imprévu

Em outubro de cada ano (salvo razões pandémicas) realiza-se em França um Festival de Banda Desenhada (e da imagem projetada) que tem ganho alguma notoriedade (no que não é o único, mas nenhum com o destaque de Angoulême): o Festival de Banda Desenhada Quai des Bulles em Saint Malo. Já várias vezes “sonhei” por lá passar, se calhar por achar o nome engraçado: Cais dos Balões (de BD).

Para esse festival, o Jornal Ouest France realiza um concurso para atribuição de alguns prémios. Este ano, para o prémio principal estão nomeadas algumas obras de que já aqui falei, ou que foram mencionadas nesta página: “Celle Qui Parle” de Aricia Jaraba Abellan, “Monstres” de Barry Windsor-Smith, o único já editado em Portugal, “Le Poids des Héros” de David Sala. Para o prémio revelação o único já aqui mencionado é “Jazzman” de Jop.

Falemos hoje de um quarto livro do conjunto de 10 nomeados para o prémio de melhor álbum, que também me chamou a atenção: “Mortel Imprevu” de Dominique Monféry, um imprevisto (não mortal, desculpem a brincadeira) editado pela Rue de Sévres.

Edith Womble surge como personagem central nesta BD violenta que, apesar de se situar no período da selvagem corrida do ouro, é construída a partir da relação de um conjunto de homens com uma mulher de forte caráter. Tendo fugido de uma Londres opressiva e de um marido violento (o Dr. Womble), Edith encontra e apaixona-se por Hans, um carpinteiro que se dirige para o Klondike, e acabam por juntar os seus percursos. 

O dia a dia é duro, o ambiente é essencialmente masculino, e vai-se sentindo, essencialmente pelo evoluir da relação entre as personagens, e ao longo das páginas, uma angústia, sem se saber bem o que vai acabar por acontecer. Que sangue vai ser vertido é previsível, o desenvolvimento da história, dos traços de personalidade e escolhas das personagens não o são, de todo. Os momentos em que tudo se passa no espaço fechado e frio de uma cabana são geradores de ansiedade, e de uma enorme vontade de virar a página para perceber o que vai acontecer.

Os personagens e o contexto são rudes, razão pela qual esta BD é limitada nos diálogos, muitas vezes substituídos por narração, sendo a leitura das 96 páginas feita essencialmente através de silêncios e subentendidos. Para tal o desenho realista e elegante do autor é essencial. A relação desenho-narração é muito boa, e os desenhos são, para o meu gosto, excelentes, apesar de “secos” e duros, os enquadramentos são expressivos, e as sequências são construídas para nos criar o suspense e a angústia já referida.

Enfim, numa versão Doce: Bem Bom! Só conheço quatro das dez obras nomeadas, mas mesmo assim, já tenho pena do júri.

domingo, 28 de agosto de 2022

BDs da estante - 492: Corto Maltese - Longínquas Ilhas do Vento

 


Terminamos as BDs da estante do mês de Agosto com mais uma viagem. Desta vez com Corto Maltese que nos leva até às Caraíbas, no livro "Longínquas Ilhas do Vento".
Corto Maltese está nas Caraíbas, navegando de ilha em ilha, ao sabor do vento e dos seus caprichos. Mas tal como um sonho que se transforma em pesadelo, este cruzeiro paradisíaco na companhia do professor Steiner vai complicar-se extraordinariamente. Assim, o nosso marinheiro cruzar-se-á com uma perigosa aventureira, uma jovem acusada da prática de vodu e índios encolhedores de cabeças. 
Uma edição da ASA de 2011.



sábado, 27 de agosto de 2022

Autógrafos, BD e ilustração na Feira do Livro

As feiras do livro de Lisboa e Porto abriram as portas esta semana. Em ambas há sessões de autógrafos que interessam a amantes de Banda Desenhada e ilustração. Como se não bastasse este atractivo, há sempre oportunidade de encontrar edições mais antigas para completar colecções e a preços convidativos. Para já, aqui ficam as sessões de autógrafos de que temos conhecimento. Filipe Melo e Juan Cavia na Feira do Livro de Lisboa, assim como André Carrilho e também Hugo van der Ding (provavelmente ao final da tarde de dia 10 de Setembro, ainda por confirmar). E vários autores da Escorpião Azul nas Feiras de Lisboa e Porto.







Leituras de férias para quem gosta de antologias

Para quem gosta de BD's curtas e de conhecer o trabalho de vários autores numa só publicação, deixamos aqui duas boas sugestões de trabalhos colectivos. O terceiro volume de "Ditirambos", com a temática "Fauna" e a antologia "Aurora Boreal em reflexos partilhados".




sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Novidade: Primordial já está disponivel também nas bancas - G. Floy Portugal

 


Continuamos a publicar as novidades editadas pela G. Floy Portugal durante este mês de Agosto.

Agora é a vez deste excelente livro "Primordial", da autoria de Jeff Lemire (argumento) e desenhos de Andrea Sorrentino. Esta ficção científica alucinante é um thriller da Guerra Fria e colidem nesta série de seis capítulos da equipa criativa do best-seller e vencedor do prémio Eisner, "Gideon Falls".

A história:

Em 1957, a URSS fez história ao lançar uma cadela chamada Laika para a órbita da Terra. Dois anos mais tarde, os EUA responderam com dois macacos, Able e Baker. Estes animais nunca regressaram. Mas o que ninguém sabia era que eles não morreram em órbita... foram levados. E, agora, estão a regressar a casa.

De referir ainda que Primordial já está nas livrarias desde meados de Agosto e desde ontem nas bancas habituais.

Para terminar aqui fica a opinião da "Black Nerd Problems":

“Em suma, um comic indispensável para fãs de ficção científica, fãs de Lemire, fãs de Sorrentino e fãs da Image”.







 



Novidade: Porto Editora edita livro com carta aos líderes do mundo escrita por menina de 12 anos!

 


Sofia tem doze anos e escreveu uma carta aos líderes mundiais para salvar o mundo!

A jovem protagonista deste apelo, está determinada em alertar o máximo de pessoas para a necessidade de a população mundial se unir e travar a destruição do único planeta onde é possível viver. Depois de ter sido publicada no Brasil, a Carta aos Líderes do Mundo chega agora a Portugal pela mão da Porto Editora.

Neste trabalho transatlântico, as autoras e jornalistas Maria Inês Almeida (Portugal) e Flávia Lins e Silva (Brasil) voltam a juntar-se para, através de um texto bem-humorado e poético acompanhado das ilustrações delicadas de Fábio Miraglia, fazerem um diagnóstico à saúde do planeta cujas conclusões são alarmantes.

Este é um livro que propõe dar voz às crianças que sabem que a Terra grita por socorro. O livro já está disponível nas livrarias desde ontem, 25 de Agosto. 

A Carta aos Líderes do Mundo também estará em destaque na Feira do Livro de Lisboa, com a sessão de lançamento agendada para o próximo dia 10 de setembro.

Podes ainda ver o curto vídeo de 37 segundos do livro em: https://youtu.be/KJ_CYnMXoiE

«Caras e caros Líderes do Mundo: “cuidar” parece ser a palavra mais importante deste século. Cuidar do planeta que temos. Cuidar da nossa casa.»






quinta-feira, 25 de agosto de 2022

As opiniões de Miguel Cruz estão de volta com três novos destaques!

As opiniões de Miguel Cruz estão de volta depois de uma férias bem merecidas e aqui ficam mais três leituras: Par Toutatis!; Jeunesse de Thorgal – Tomo 10: Sydönia e Ma vie Posthume. Boas leituras!


Par Toutatis!  

Acompanho muito infrequentemente as histórias de Lewis Trondheim na editora L’Association, tenho as BD “Mister O” (havia também o “Mister i”) e “A Mosca” (ambas publicadas em Portugal, Vitamina BD e Witloof, respetivamente) como muitas/os das/os leitoras/es, acompanho algumas séries com seu argumento, li alguns “Lapinot” e nunca fui particular fã da série Donjon.  

Mas quando alguém toca no universo daquela aldeia que resiste ao invasor, “levanto logo as orelhas”. E essa expressão é mesmo apropriada, porque se trata, na verdade, da sexta aventura do coelho Lapinot.

Pois bem, Lapinot acorda numa floresta desconhecida (como? porquê?), e é recebido pelos gritos de um guerreiro não gordo, mas forte, com calças às riscas que lhe chama Astérix. Lapinot tenta ignorá-lo, mas vai cair direitinho “nas mãos” de uma patrulha romana. Salvo, vai acordar numa aldeia gaulesa, a ser tratado por um druida que lhe dá a beber a poção mágica.

A partir daí, Lapinot Astérix vive o dia a dia da aldeia gaulesa, confirma que Assuranceturix é … basta! basta; confirma os perigos dos ataques piratas…enfim, para os próprios piratas, e delicia-se com um banquete, mas só no final.

Com o desenho próprio de Lewis Trondheim, muito caricatural, esta é uma brincadeira engraçada, em que com um humor muito próprio, o autor brinca com referências bem conhecidas, mas em que consegue não ultrapassar a fronteira que o separa de destruir a estrutura ou cânones da série de Uderzo e Goscinny. Ainda bem. Amanhã não será a véspera do dia em que o céu vai cair sobre a cabeça destes gauleses. De facto, o respeito pela série e pelo universo Astérix é notório. O importante para Trondheim é construir o seu humor a partir da vida do dia-a-dia da aldeia.

É uma BD de humor, bem conseguida, divertidinha, leitura rápida e agradável. Claro que, apesar do autocolante de “Este não é um Álbum de Astérix”, esta BD vai necessariamente chamar a atenção dos fãs da série, que são muitos, como sabemos. 

Estamos a chegar ao Verão editorial de BD, e por isso as novidades vão começar a escassear até setembro.





Jeunesse de Thorgal – Tomo 10: Sydönia

“Thorgal” foi uma das minhas séries de referência na década de 80 e 90 – conhecia-a na nossa revista Tintin. O seu grande sucesso justifica que tenha hoje já 39 tomos publicados (muitos deles traduzidos em diversas línguas)…na série principal. Várias séries satélite foram criadas já com uma década deste século decorrido, com o rótulo de “Os Mundos de Thorgal”. 

A “Juventude de Thorgal” foi uma delas, com início em 2013. “Kriss de Valnor” teve início em 2010, e terminou ao oitavo tomo em 2018. “Louve” (para quem não se recorde, nome da filha de Thorgal) começou em 2011 e terminou ao sétimo tomo em 2017. Tudo publicado pela Lombard.

A série “Jeunesse de Thorgal” continua, e acaba de ser publicado o seu décimo tomo, e é sobre esse, com desenho do russo Roman Surzhenko e argumento de Yann, que falarei um pouco hoje.

Confesso ser um grande fã e admirador da série “Thorgal” criada por Jean Van Hamme e por Rosinski (de que acaba de ser publicado em Portugal a excelente BD “A vingança do Conde Skarbek”, já de uma fase em que o autor aplicava cores diretas, em aguarela). Esta série constitui um marco para o que se veio a chamar Heroic Fantasy, e os seus primeiros 29 tomos são excecionais, com uma “exceção” que por preciosismo apenas posso classificar de bom. A partir daí, a qualidade tem sido variável, e tivemos mesmo um período (invariavelmente) mau.

A consequência da evolução de qualidade da série foi que, em determinada altura apostei antes em Jeunesse de Thorgal, naquela (habitualmente vã) tentativa de “manter viva” a experiência de leitura de uma série que nos marcou. E vários dos tomos têm muito boa qualidade, apesar de que chegamos à conclusão de que Thorgal, mesmo quando jovem, era muito adulto, ponderado, com bom senso, honesto, corajoso, grande estratega, bravo guerreiro, apaixonado por Aaricia…etc.  

O desenho de Surzhenko é muito bom, sem qualquer dúvida, e tem evoluído bem ao longo dos 10 tomos. O argumento “deixa-se ler” e acompanha-se bem, tem algumas reviravoltas interessantes, mas não acrescenta muito á serie, ao que já conhecemos.

Thorgal, que a única coisa que quer é voltar para junto de Aaricia (como habitualmente) acompanha Sveynn, que quer reclamar o trono do recentemente defunto rei Harald e que pensa que vai ser bem acolhido e que tudo vai ser simples. No entanto, Sydönia, a muito cruel filha do falecido rei, apesar de ainda criança, é guiada pelo espírito do seu pai, e pretende ascender ao trono. A consequência é a guerra entre os dois grupos, com o jovem Thorgal (que, claro, é contra esta guerra) a revelar-se o principal estratega de um dos lados.





Ma vie Posthume

A excelente BD “Pele de Homem” de Hubert e Zanzim está já à venda em Portugal, o que constitui uma excelente notícia. Por isso mesmo, não vou falar sobre ela aqui, até porque tive a oportunidade de a comentar na Revista JuveBêdê 83, de dezembro de 2020.

Resolvi, aproveitando uma recente edição (em francês) em versão integral, mencionar agora uma outra excelente BD dos mesmos autores: “Ma Vie Posthume” ou seja, a minha vida póstuma. Divertida, imaginativa, tratando de vários temas relevantes (como a especulação imobiliária, a pressão sobre idosos para que abandonem as suas em zonas “nobre”, o ambiente e a poluição), esta é uma BD fortemente recomendável, com argumento do malogrado Hubert.

Emma Ducet, viúva, leva uma vida triste depois da morte do seu marido, apesar do seu espírito forte, de um humor caustico e de uma aguda inteligência. Debaixo de muita pressão, inclusivamente da sua sobrinha, para vender a sua casa, Emma resiste, ainda e sempre “ao invasor”.

Um dia, em que procura os seus cigarros, escondidos nas alturas pela sua empregada, Emma cai e morre. Passado algum tempo, sem grande apetite, e estranhando algumas coisas, descobre efetivamente que está…morta! E pior, descobre que a sua morte nada teve a ver com a queda, mas que foi assassinada a tiro.

Emma continua a levar a sua vida mais ou menos normal, tendo de esconder alguns sinais de que está morta, nomeadamente a sua tez. A “calma olímpica” com que o faz é “notável”.

Um pouco mais tarde, durante uma visita ao cemitério, descobre que uma sua (mais ou menos) amiga e vizinha, se encontra na mesma vida de morta! Decide então investigar as causas para tal situação, e tentar perceber quem a assassinou, e qual a relação com a pressão imobiliária sobre a sua casa e, nesse contexto, com uma investigação que o seu marido estava a levar a cabo quando foi atropelado.

Entretanto, o assassino de Emma – e também da sua amiga Line – investe fortemente na tentativa de eliminar este problema de velhas senhoras demasiado curiosas. Daí para a frente a intriga envolve ação, descoberta de outros “mortos-vivos”, política e muito humor.

Para dar um exemplo, após um beijo de Charles (um outro “morto-vivo”):

Line: “Estás louco! Tenho oitenta e três anos! Enfim, tinha-os à data da minha morte, e isso já foi há bastante tempo!!!”.

Charles: “Tu tens uma ossatura sublime, Line. E uma tal ossatura não envelhece”.

Line: “Oh Charles”.

Comédia mórbida, portanto, Ma vie Posthume que trata, como já referi, vários temas é, em primeiro lugar, uma interessante história de amor, uma história de amizade e de vida em sociedade. As personagens são tão interessantes que nos ligamos a elas com a maior das facilidades e com um sorriso.

Completamente diferente de “Pele de Homem”, exceto no estilo de desenho, propositadamente imperfeito e necessariamente adequado ao tom “tresloucado” da história, esta BD é, também ela, uma aposta da editora Glénat, originalmente publicada em dois tomos, e agora em versão integral.

"O lixo na minha cabeça", de Hugo van der Ding, hoje nas livrarias!

Já tínhamos falado do livro no início da semana e hoje já estará nas livrarias. Estamos na expectativa de saber se o autor Hugo van der Ding estará na Feira do Livro para autografar esta sua obra mais recente.

"O lixo na minha cabeça" reúne muitas personagens que os fãs já conhecem, como a Celeste da Encarnação (velha, mas moderna), Esteves & Marina (e as suas mocas de erva), Juliana Saavedra (a psicanalista que deixa os pacientes na merda), os Dois Astronautas ou a Dra. Messalina, entre outras figuras incríveis que surgem da cabeça do autor. São quase 400 páginas e quase 1000 tiras do humorista, realizadas ao longo dos últimos dez anos. 

Uma edição da Oficina do Livro a não perder!














quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Novidade: Senciente, de Lemire e Walta é outra das edições de Agosto da editora G. Floy Portugal

 


Como já tínhamos aqui referido, esta é mais uma das novidades de quatro, que a editora G. Floy Studio Portugal editou neste mês de Agosto e que já está disponível em banca (17 de Agosto) e em livrarias (12 de Agosto).

Aqui fica um pouco da história, como algumas imagens do seu interior:

Bem vindos à U.S.S. MONTGOMERY! Quando um ataque separatista mata todos os adultos a bordo de uma nave em viagem pelo espaço, cabe a Valarie, uma inteligência artificial, ajudar as crianças da nave a sobreviver. Porém, com forças perigosas no seu encalço, poderá Valarie tornar-se mais do que aquilo que foi programada para ser... uma salvação para estas crianças?

"Senciente" é da autoria dos reconhecidos autores Jeff Lemire (argumento) e Gabriel H. Walta (desenhos).

Jeff Lemire é um autor best-seller do New York Times, com uma carreira como escritor e artista de romances gráficos de sucesso. Venceu em 2008 e 2013 o Shuster Award for Best Canadian Cartoonist, e venceu por duas vezes o prémio Eisner para Melhor Nova Série, em 2017 com Black Hammer, e em 2019 com este Gideon Falls. Uma das suas mais recentes obras foi o romance gráfico Roughneck, já editado pela G. Floy no nosso país e que a Publishers Weekly descreveu como um livro “poderoso”.

Gabriel Hernandez Walta é um artista vencedor do prémio Eisner, responsável por títulos como The Vision, Occupy Avengers, Astonishing X-Men e Doctor Strange. Começou a sua carreira na ilustração infantil e na pintura. Actualmente vive e trabalha em Granada, Espanha.