segunda-feira, 30 de junho de 2025

Amanhã o 475.º Encontro da Tertúlia BD de Lisboa tem Filipa Beleza como convidada especial

Amanhã, 1 de Julho, decorre o 475.º encontro da Tertúlia BD de Lisboa. A Convidada Especial será Filipa Beleza, que virá de propósito do norte do país para mostrar e falar do seu trabalho.

Haverá também a apresentação do álbum recentemente editado pela Ala dos Livros, Tales from Nevermore, de Manuel Monteiro e de Pedro N. (Nascimento), que também estará presente.

Às 20h, no restaurante Entre Copos, na Rua de Entrecampos 11, junto ao Campo Pequeno.

Se possível, confirmem a vossa presença na página do Facebook da Tertúlia.

Especial edição n.º 100 do Juvebêdê - a ilustração de Luca Conca, assinada também por Gloria Ciapponi


Estivemos com esta simpática dupla de autores italianos no Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja de 2024. Já tínhamos lido Urlo – Grito no Escuro, livro editado pela Escorpião Azul, mas em conversa com eles, ficámos a conhecer mais sobre o seu trabalho (Luca é o desenhador e Gloria a argumentista), nomeadamente sobre a novela gráfica Coccinelle – Chercher la femme, ainda por editar em Portugal. E é precisamente a sua personagem principal, Coccinelle que nos dá aqui os parabéns.

Novidade: Em Julho chega o quarto volume da série "O Meu Casamento Feliz"

 


Esta é uma série de manga que temos vindo a acompanhar e o quarto volume está quase a chegar. É uma história que mistura fantasia e romance, com cenários muito bonitos. O Anime já disponível na Netflix, adaptado do romance original.

A Sinopse:

Tudo o que ela queria era um pouco de felicidade…

Apesar de o seu noivado estar ofi­cializado, Miyo sente-se constantemente insegura, temendo não ser capaz de se tornar a esposa ideal para o clã Kudo. Mas a sua con­fiança começa a crescer com a ajuda de Hazuki, a irmã mais velha de Kiyoka, que decide ajudá-la e ensinar-lhe os meandros da sua nova realidade. Entretanto, a vida de Miyo e Kiyoka dá uma reviravolta com a chegada de Arata Tsuruki, um homem misterioso cuja presença desperta várias questões. O que será que ele realmente deseja? Qual será a sua ligação com o poderoso e enigmático clã Usuba, do qual a mãe de Miyo faz parte?

O que parecia ser um simples casamento pode estar prestes a revelar segredos antigos e perigosos.

domingo, 29 de junho de 2025

Desde 21 de Junho que há novas bandas desenhadas no Parque Silva Porto, em Benfica


Desde agosto de 2021, o Parque Silva Porto (em Benfica, Lisboa), conta com novos e curiosos habitantes — os Story Tellers! Estas pequenas esculturas, criadas pelo artista Fulviet, trouxeram uma nova vida ao parque, convidando todos os visitantes a viver experiências únicas e surpreendentes.

Junto a cada uma destas simpáticas personagens, é possível encontrar QR Codes que dão acesso a excertos de bandas desenhadas de autores nacionais e internacionais. Esta intervenção artística tem como principal objetivo divulgar a história da banda desenhada — com especial destaque para a produção portuguesa — e criar formas inovadoras de fruição cultural, fundindo natureza e arte através da tecnologia interativa.

As bandas desenhadas são renovadas trimestralmente, acompanhando o ritmo das estações e do próprio parque, e estão também disponíveis para consulta na Bedeteca de Lisboa, que celebra 25 anos de existência.

Neste verão, o projecto regressa às origens da BD portuguesa com uma selecção de obras de oito autores que representam diferentes momentos da sua história: de Raphael Bordalo Pinheiro (1846–1905) a Nuno Saraiva, passando por Carlos Botelho (1899–1982), Sérgio Luís (1921–1943), Eduardo Teixeira Coelho (1919–2005), José Ruy (1930–2022), Isabel Lobinho (1947–2021) e Fernando Relvas (1954–2017).

Não percam esta oportunidade de redescobrir a história da banda desenhada em Portugal — visite o Parque Silva Porto, em Benfica, e deixem-se surpreender pelos Story Tellers!







Especial edição n.º 100 do Juvebêdê - a ilustração de José Abrantes

 


Neste ano em que celebramos o nosso centésimo número e o nosso 28.º aniversário, José Abrantes celebra 50 anos de carreira. É dos desenhadores que conhecemos há mais tempo e um desenho seu chegou a ser capa do nosso n.º 11 (Maio de 1999), edição que contou também com uma entrevista com o autor. Foram muitos os seus projectos dedicados à nona arte, como autor e co-autor e chegou mesmo a ter a sua própria editora, a BaleiAzul, nos anos 90. Uma vez mais José Abrantes associou-se à nossa história, ao participar com este desenho.

BDs da estante - 640 - A Loucura do Escritório, de Ted Goff - Booktree

 


Antes da debandada para férias, recordamos este "A Loucura do Escritório", de Ted Goff, editado em 2004 pela Booktree. 

Este é um livro repleto de boa disposição que aborda muitas das situações familiares de quem conhece o quotidiano da vida de um escritório, expondo de forma quer simpática, quer sarcástica, todas aquelas características que compõem este universo fabuloso onde afinal, tantos de nós passamos uma boa parte do nosso dia. A autoria é de Ted Goff, que recebeu o troféu T-Square em 2001. Os seus trabalhos foram publicados nos The Saturday Evening Post, The Wall Street Journal, Harvard Magazine, entre outros. 


sábado, 28 de junho de 2025

Leituras do mês do orgulho LGBTQIA+ no dia que se assinalam 56 anos da Rebelião de Stonewall

Está quase a terminar o mês do orgulho LGBTQIA+, pelo que apresentamos aqui algumas sugestões de leituras que ajudam a quebrar tabus e preconceitos.

A 28 de Junho de 1969, faz hoje 56 anos, deu-se a Rebelião de Stonewall, que ocorreu em Nova Iorque. Este evento é considerado um marco na luta pelos direitos LGBTQIA+ e, desde então, o mês de Junho tornou-se um período de celebrações e manifestações em prol da igualdade e visibilidade da comunidade. 



  




Especial edição n.º 100 do Juvebêdê - a ilustração de João Mascarenhas


É autor, mas também um divulgador e entusiasta da banda desenhada. É um homem grande, como é grande a sua simpatia e talento. Entre fanzines e livros, são incontáveis os projectos que contam com a sua participação, tanto em território nacional como fora de portas. A sua personagem (e alter ego) O Menino Triste é publicada desde 2001, mas destacamos dois outros títulos da sua autoria que recomendamos: O Perigoso Pacifista e A Norte de Sul Nenhum. É com enorme gratidão que partilhamos o desenho que fez para esta edição, com duas personagens a lerem o nosso Juvebêdê.

Estivemos com o João no Coimbra BD e, claro está, aproveitámos para fazer este registo fotográfico.




Evento: É já amanhã que estaremos no Japão (em Cabrela), a falar sobre manga com Tânia Canadas e Rizzya Haese


É já  amanhã domingo, pelas 15h30, que iremos estar à conversa com Tânia Canadas e Rizzya Haese, duas ilustradoras ligadas ao mundo do manga e das webtoons.

O evento decorre a convite da Associação Lar Doce Ler, integrado na iniciativa "O Japão em Cabrela", que irá acontecer precisamente na vila de Cabrela que é já um destino literário de excelência (fica perto de Montemor-o-Novo e Vendas Novas, a cerca de 80 km de Lisboa).

A equipa do Juvebêdê vai moderar o painel e perceber como as ilustradoras/autoras foram influenciadas pela banda desenhada japonesa.

A seguir à nossa conversa, pelas 16h30 vamos ouvir música tradicional japonesa com o Duo Tomoro.

Inscrevam-se já! A entrada é gratuita, mas para garantirem o vosso lugar têm que se inscrever por mail:  info@casadasletrasalentejo.pt

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Novidade da Midori: o primeiro volume da nova série Given

 


A editora Midori acaba de lançar uma nova série: Given, da autoria de Natsuki Kizu. O primeiro volume já pode ser adquirido no site da editora.

A sinopse:

A voz do Mafuyu bateu-me forte no fundo, da qual receio não poder escapar. É insana. Como uma arma mortal.

No dia em que a paixão pela vibração das cordas da guitarra, pelo drible da bola de basquetebol começa a esmorecer, Uenoyama encontra Mafuyu abraçado a uma guitarra partida. Ao prometer que lhe a arranjava, o sentimento de nostalgia apoderou-se do seu coração. No entanto, mais forte ainda foi a emoção, ao ouvir a musicalidade da voz do Mafuyu. 

Um amor verdadeiro, nu e cru, criado por Kizu Natsuki.

Especial edição n.º 100 do Juvebêdê - a ilustração de João Gordinho

 


Tal como nos nossos 25 anos, João Gordinho não quis deixar de participar nesta edição. E logo com uma homenagem não só à nossa revista, mas também a Astérix e Obélix, Lucky Luke, Gaston e aos Estrunfes, figuras icónicas da banda desenhada. Conhecemos o autor desde 2019, ano em que lançou O Filho do Fuher, o seu primeiro álbum a solo. João Gordinho trabalha em ilustração, tem participado em várias obras colectivas e de vez em quando brinda-nos com excelentes fanzines.

Três novidades da ASA para Julho: o sexto volume de Ideiafix e o quinto e o sexto volumes de As 5 Terras

A ASA já tem em pré-venda mais três novidades: a 22 de Julho chegará o sexto volume de Ideiafix e os Irredutíveis, com o título A Floresta Luz. Antes disso, a 8 de Julho os volumes cinco e seis da série As 5 Terras, volumes que encerram o primeiro ciclo - Angleon. Esperemos que a ASA prossiga com os ciclos seguintes.

Sobre cada um destes livros havemos de falar com mais detalhe dentro de dias.






quinta-feira, 26 de junho de 2025

A nossa leitura de "Eu, Fadi O Irmão Raptado" tomo 1, de Riad Sattouf - edição ASA

 


Depois de termos lido os seis volumes do Árabe do Futuro, estávamos ansiosos por ler o outro lado da historia, neste caso a história do irmão mais novo do autor, Riad Sattouf, Fadi, que foi raptado pelo pai, tendo ido viver para a Síria. Este primeiro volume de "Eu Fadi, O Irmão Raptado" leva-nos ao período de 1986 a 1994.

E o que dizer sobre esta primeira parte do outro lado da história? Bom, para já Sattouf continua a conseguir de forma exímia, contar-nos a saga da sua família. A realização desta obra parte de entrevistas que Riad realizou ao seu irmão entre 2011 e 2012 e desta vez, o narrador é o próprio irmão Fadi.

 Através do seu desenho, embora seja mais caricatural do que realista, o autor transmite muito bem as emoções de todas as personagens, que vão da cólera ao desespero, da tristeza ao entusiasmo. Sendo uma história nada leve, e neste primeiro volume é duro ver o sofrimento pelo qual o irmão passou, Riad Sattouf consegue ainda assim dar um toque de humor a situações mais bizarras. 

Fadi foi afastado da mãe, dos irmãos e dos avós maternos, levado de França pelo pai, com destino à Síria, terra Natal paterna. Teve que lidar com o desgosto de se ver longe da família ao mesmo tempo que teve de lidar com diferentes costumes, uma língua que não falava e aprender a conviver com um pai que mal conhecia. E tinha pouco mais de dois anos. 

Estamos perante uma história incrível, que resulta de um enorme choque de culturas, que nos confronta com outras realidades e que nos comove profundamente. Ainda que hoje, por termos lido todos os seis livros do Árabe do Futuro, saibamos o desfecho da história, queremos continuar a ler a versão de Fadi. Que venha o próximo!







Especial edição n.º 100 do Juvebêdê - a ilustração de João Amaral


Amante do estilo Western, direccionou os seus dois trabalhos mais recentes para esse género, respectivamente Rattlesnake e A Oeste. Entre as suas várias obras destacamos a adaptação para Banda Desenhada da obra de Saramago, A Viagem do Elefante. João Amaral já nos confessou gostar mais de desenhar personagens femininas e é precisamente com uma mulher que dá os parabéns nesta ilustração que responde ao desafio que colocámos de participar nesta edição.

Estivemos com o autor na Feira do Livro de Lisboa e foi aí o momento da entrega do Juvebêdê 100 e da foto da praxe.

A nossa leitura de "O meu irmão", de JeanLouis Tripp - edição Ala dos Livros

 


Lemos a versão francesa em 2022 e agora tivemos o prazer da sua releitura, desta vez na língua portuguesa, em boa hora editada pela Ala dos Livros.

E o que dizer de novo sobre esta obra ímpar de JeanLouis Tripp? Vamos repetir-nos na análise feita há três anos.

Trata-se de um livro muito especial. Um romance gráfico intimista, contado na primeira pessoa. Nesta obra, Tripp conta a história real da sua família, a qual passou por uma situação dramática que mudou para sempre a vida de todos os seus elementos. Quando o autor tinha apenas 18 anos, o seu irmão mais novo, com apenas 11 anos, morreu num acidente de trânsito. E Jean Louis Tripp estava lá. De mão dada com ele.

Tudo aconteceu numa noite de Agosto de 1976, durante as férias da família. Estavam todos felizes descontraídos e num instante tudo mudou. Gilles, irmão de Jean Louis, foi ceifado por um carro. Transportado para o hospital, Gilles sucumbiu aos ferimentos algumas horas depois. Para Jean Louis, assombrado pela culpa, começa uma difícil jornada de luto.

45 anos depois, o autor quis contar a história e fá-lo com muita franqueza e sensibilidade, pondo a nu os seus sentimentos e a sua revolta, por perder um irmão cedo de mais. Revive cada momento do drama, recorrendo às lembranças e perspectivas de outros membros da família. Este livro é a sua catarse, ao expor-se desta forma e ao assumir como este acontecimento brutal mudou a sua vida e o relacionamento entre os seus familiares.

A história foi novamente lida de um só fôlego e voltámos a comover-nos como se fosse da primeira vez. Avassaladora do ponto de vista emocional, deixa-nos os olhos marejados de lágrimas, com um nó na garganta e o estômago embrulhado. A perda de um ente querido é traumática, ainda para mais tratando-se de uma criança, e de um acontecimento trágico como foi o caso.  A morte é um instante e de um momento para o outro a vida de quem fica é virada do avesso. Se alguma coisa podemos tirar deste tipo de relatos é de que devemos aproveitar cada dia da melhor forma possível.

"Le petit frère" é uma obra magistral do autor, contada e desenhada de uma forma extraordinária. Como se não bastasse já toda a emotividade da história, Tripp consegue, através dos seus desenhos (quase sempre num tom aproximado do sépia, mas pontuados a cor) transpor todo o desespero, tristeza, raiva, revolta que sentiu, assim como os restantes membros da família. A expressão para lá da tristeza profunda do pai, é qualquer coisa que não esqueceremos.










quarta-feira, 25 de junho de 2025

Novidade: O Corcunda de Notre-Dame, de Georges Bess (a partir da obra de Victor Hugo) - edição A Seita

 


Integrado na colecção Nona Literatura, O Corcunda de Notre-Dame, é o terceiro livro de Georges Bess adaptado de clássicos da literatura, editado pel' A Seita, depois de Drácula e Frankenstein. 

A sinopse:

"A boémia dançava… ágil, leve e alegre, sem sentir o peso do olhar temível que pousava sobre ela, como chumbo.” 

O clássico imortal de Victor Hugo, que se desenrola na cidade eterna, e que mete em cena personagens inesquecíveis como Esmeralda, a bela cigana que enfeitiçou Dom Frollo, o arquidiácono, ou o corcunda Quasimodo, é aqui adaptado num magnífico preto e branco pelo desenhador de O Lama Branco, Juan Solo, Drácula de Bram Stoker, e Frankenstein de Mary Shelley.

O autor:

Nascido em França em 1947, Georges Bess iniciou a sua carreira na banda desenhada na Suécia, desenhando histórias do Fantasma, de Lee Falk, para os países nórdicos, mas foi o encontro com Alejandro Jodorowsky, no seu regresso a Paris, em 1987, que iria mudar a sua carreira. Com Jodorowsky, Bess vai realizar as séries O Lama Branco, Anibal 5 e Juan Solo, títulos que, a par com as séries que escreveu e desenhou, o ajudaram a afirmar-se como um nome incontornável da BD europeia. Depois do imenso sucesso das adaptaçãões de Drácula de Bram Stoker e de Frankenstein de Mary Shelley, editada em Portugal pel’A Seita, Bess continua a produzir magníficas adaptações de clássicos da literatura universal, com esta obra imortal de Victor Hugo, O Corcunda de Notre-Dame, no original Notre-Dame de Paris. Georges Bess vive em Paris, e é casado com Pia Bess, uma artista e colorista, que tem também trabalhado no design e tramas das adaptações a preto e branco do seu marido.





Especial edição n.º 100 do Juvebêdê - a ilustração de Hugo Teixeira


Conhecemos o Hugo Teixeira, depois de ter sido lançado o livro Pássaro, em 2022, que conta suas ilustrações e argumento de Diogo Campos. Desde aí, temos vindo a cruzar-nos com o ilustrador em diversos festivais e divulgando algumas iniciativas que contam com a sua participação. Este desenho que nos ofereceu, mostra-nos uma personagem, ainda em desenvolvimento, que irá marcar presença num próximo trabalho seu, de banda desenhada.

Como aconteceu com muitos outros autores, estivemos com o Hugo no Coimbra BD, onde lhe entregámos o Juvebêdê n.º 100 e lhe tirámos esta fotografia.