Novidade Casterman: "Suites Algériennes - 1962-2019" (segunda parte), de Jacques Ferrandez - Casterman

 

Com este livro da colecção "Carnets d'Orient", editado pela Casterman, o autor Jacques Ferrandez encerra a segunda parte do terceiro ciclo de "Suites algériennes", que cobre a Argélia contemporânea, de 1962 a 2019.

Com a ascensão da Frente Islâmica do Salut (FIS) durante a década de 1990, a Argélia mergulhou numa guerra civil e tornou-se um território perigoso, especialmente para um jornalista francês. Paul-Yanis, no entanto, tentará reconstruir sua reputação profissional... e encontrar Nour, a jovem que conheceu durante as manifestações estudantis de 1988 e de quem ele nunca mais teve notícias...  Um final inevitavelmente trágico para o ciclo que Ferrandez dedica à Argélia das últimas décadas.

BDs da estante - 499 - "O Estrangeiro", de Jacques Ferrandez, segundo a obra de Albert Camus

 

A editora Arcádia editou este livro em 2014. "O Estrangeiro" é uma adaptação para BD de uma obra de Camus, por Jacques Fernandez. A história: Num dia quente, Meursault apanha o autocarro que o conduz de Argel ao asilo, onde vai ao enterro da mãe. Mais tarde, no velório, aceita um café que lhe oferecem, tem vontade de fumar um cigarro e não chora. Encontra Marie com quem se envolve porque a deseja. Num dia quente, Mersault e Marie vão à praia. E é nesse cenário que Mersault se desnorteia com o calor, puxa do gatilho e dispara cinco tiros que se revelam fatais para outro homem. É de imediato acusado de assassinato e preso. Nesta obra, Camus apresenta-nos um homem estrangeiro a si próprio e que assiste, indiferente, ao seu próprio julgamento e condenação à morte.

Suites Algériennes 1962-2019 - novidade da Casterman

 

Esta é uma das novidades da editora Casterman. "Suites Algériennes" é a história secreta da Argélia, desde a independência aos dias de hoje.

1991. Uma jovem jornalista da televisão francesa está a cobrir as eleições na Argélia, país de onde os seus pais são naturais. Mas diante da vitória anunciada dos islamistas, as forças armadas interrompem o processo democrático. A Argélia mergulha então numa guerra civil e numa década negra.

Da independência confiscada pelo regime, à revolta popular de 2019, todo o passado recente da Argélia, descrito com rigor e justiça.

Depois de "Carnets d'Orient" e "Carnets d'Algérie" estas "Suites Algériennes" são o terceiro ciclo de livros de Jacques Ferrandez, sobre a Argélia.

Leituras de Verão

A recomendação de hoje recai sobre duas excelentes leituras. Mataram a Cotovia é um dos romances gráficos que mais gostámos e O Primeiro Homem é outra obra de enorme qualidade. 

O aclamado romance de Harper Lee, Mataram a Cotovia, surgiu recentemente como romance gráfico, adaptado e ilustrado por Fred Fordham, numa edição portuguesa a cargo da Relógio D'Água. 

É um retrato assombroso de raça e classes sociais, inocência e injustiça, hipocrisia e heroísmo, tradição e transformação no Sul Profundo dos EUA dos anos trinta. Mataram a Cotovia, de Harper Lee, mantém a mesma actualidade que tinha em 1960, quando foi escrito, durante os turbulentos anos do Movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos. Scout, Jem, Boo Radley, Atticus Finch e a pequena cidade de Maycomb, no Alabama, são representados de forma nítida e comovente pelas ilustrações de Fred Fordham.

A Porto Editora publicou em Maio a adaptação para banda desenhada, do famoso romance da literatura francesa O Primeiro Homem. Na sua origem fragmentado e inacabado, o manuscrito de Albert Camus ganha uma nova leitura através das imagens de Jacques Ferrandez, que preenchem com delicadeza espaços que haviam ficado vazios.

No prefácio a esta edição, Alice Kaplan – professora doutorada em Literatura Francesa – defende que neste livro se sente o dom da improvisação, aliado à fidelidade ao romance: «Para Jacques Ferrandez, o grande desafio era transmitir o essencial da obra, preservando as suas zonas de mistério.»

Arcádia edita O Estrangeiro de Jacques Ferrandez

A editora Arcádia acaba de publicar a o livro O Estrangeiro, uma adaptação para banda desenhada de uma obra de Camus, por Jacques Fernandez.

A história: Num dia quente, Meursault apanha o autocarro que o conduz de Argel ao asilo, onde vai ao enterro da mãe. Mais tarde, no velório, aceita um café que lhe oferecem, tem vontade de fumar um cigarro e não chora. Encontra Marie com quem se envolve porque a deseja. Num dia quente, Raymond – um amigo que se envolveu numa quezília com o irmão de uma amante –, Mersault e Marie vão à praia. E é nesse cenário que Mersault se desnorteia com o calor, puxa do gatilho e dispara cinco tiros que se revelam fatais para outro homem. É de imediato acusado de assassinato e preso.

Nesta obra, Camus apresenta-nos um homem estrangeiro a si próprio e que assiste, indiferente, ao seu próprio julgamento e condenação à morte.