Ainda que com um argumento bem distinto, este álbum vem na linha de "O Mergulho", editado em Portugal pela mesma editora. Ambos são boas histórias sobre o amor e relações humanas. Nada românticos, mas de uma enorme ternura um e outro, sem nunca ser demasiado cor-de-rosa. Aliás os dois focam temas difíceis, mas vamos focar-nos neste "A Adopção".
Tal como o nome indica, "A Adopção" leva-nos à história de Qinaya, uma criança peruana que é adoptada por um casal francês que não conseguia ter filhos. A adopção, que tinha tudo para resultar, não corre bem (não vamos desvendar porquê) e avisamos já os leitores mais emotivos e sensíveis que chegando a esse ponto da narrativa, se sente uma imensa tristeza. Ou pelo menos foi isso que nos aconteceu. Mas desenganem-se se pensam que o centro da questão se foca na criança e nos pais adoptivos. Não é disso que se trata. O foco da história é o amor profundo de um avô que não imaginava nem queria ter uma relação familiar com uma criança desconhecida. O amor e a cumplicidade de Gabriel (o avô) e de Qinaya (a neta adoptiva) derrete até os corações mais insensíveis. E se é verdade que a história toma conta de nós e nos emociona, temos também que tirar o chapéu aos desenhos que transbordam de ternura e que são ao mesmo tempo dinâmicos e divertidos (sim, porque também há momentos divertidos na história). Ah! Ainda há no final um caderno gráfico com vários estudos e ilustrações completas de várias personagens.
Um livro ideal para oferecer no Natal!
A sinopse:
Com a adopção de Qinaya, uma órfã peruana de 4 anos, por parte de uma família francesa, a vida de todos os envolvidos sofre uma reviravolta. Mas, para Gabriel, a adopção torna-se ainda mais complicada: ele, que nunca tivera tempo para ser pai, terá de aprender a ser avô.
Dos primeiros contactos frios e distantes aos momentos partilhados, Gabriel e Qinaya irão, pouco a pouco, criar laços que o velho casmurro estava longe de imaginar. Até que…
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