Depois de termos lido o primeiro volume, tínhamos que concluir a leitura da primeira série deste mangá "Butterfly Beast", criado por Yuka Nagate e publicado em Portugal pel' A Seita com o selo editorial Ikigai. Lemos então o segundo volume, que tal como o anterior conta com uma belíssima capa e duas ilustrações igualmente bonitas que ocupam o verso de capa e o verso da contra-capa. Quanto ao miolo, integralmente a preto e branco, os desenhos são também muito bonitos e harmoniosos, até mesmo em cenas mais violentas.
Neste volume continuamos a seguir a heroína Ochou, escondida no bairro fechado de Yoshiwara, mantendo a sua identidade secreta de cortesã excepcional e exclusiva, e continuando as suas missões como caçadora de shinobis errantes, os seus antigos companheiros de guerra. Mas, ao longo do tempo e dos combates, esta assassina das sombras vai descobrir que talvez tenha mais em comum com as suas presas do que com os seus aliados… É que desta vez vai ser posta à prova de tal maneira, que isso implica perder alguém com quem tinha uma ligação forte. Vai ainda reencontrar outra pessoa igualmente importante na sua vida. Quer numa situação ou noutra, Ochou vai ter de fazer escolhas difíceis.
Portanto, uma vez mais assistimos aos conflitos íntimos da guerreira, a par de assistirmos à instabilidade com que se vivia na época. Estamos a falar no Japão de 1635, em pleno período Edo, depois de anos de guerras feudais. Essa época histórica que durou quase 300 anos, ficou conhecida também pelo isolamento do mundo que solidificou a alma japonesa que é conhecida nos dias de hoje.
Agora aguardamos pela segunda série de Butterfly Beast, que chegará até nós previsivelmente ainda em 2023.
Um mangá que recomendamos tanto pelo argumento que se situa algures entre um thriller histórico e um conto clássico de vingança, como pelo desenho evidente nas pranchas magníficas e elegantes.
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