sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

A história de uma serva - romance gráfico


Quem já viu e é seguidor da série The Handmaid's Tale saberá já qual o tema da história. Quem não conhece tem aqui uma excelente oportunidade de conhecer "A História de uma Serva", uma novela gráfica recentemente editada pela Bertrand e que é uma adaptação do romance homónimo de Margaret Atwood, o qual deu origem à série.
Esta adaptação para novela gráfica, a cargo de Renée Nault, ganha uma nova vida, com desenhos onde, como não podia deixar de ser, predomina o vermelho. Cor do sangue, cor dos uniformes das servas, cor da raiva contida de quem está aprisionado. 
Quanto ao argumento já conhecíamos e já vos damos nota da sinopse. No que diz respeito ao desenho, Renée tem um traço muito bonito, mas achamos que é talvez um pouco suave demais em contraste com a brutalidade e a violência de algumas cenas. A verdade é que estamos viciados na série, que tem algumas partes de cortar a respiração com imagens chocantes e isso não consegue transparecer na novela gráfica. O mundo aterrador de Gileade consegue aqui ser mais suavizado.

Defred é uma Serva na República de Gileade, onde o trabalho, a leitura e a formação de amizades estão vedados às mulheres. Está ao serviço do Comandante e da sua mulher e, na nova ordem social, tem um único propósito: uma vez por mês, tem de se deitar de costas e rezar para que o Comandante a engravide, porque, numa era de nascimentos em declínio, Defred e as outras Servas são valorizadas apenas se forem férteis. Mas Defred lembra-se dos anos antes de Gileade, em que era uma mulher independente, com um emprego, uma família e um nome seu. Agora, as suas memórias e a sua vontade são atos de rebelião.

Sem comentários:

Enviar um comentário