sábado, 24 de outubro de 2020

Novo livro de Lucky Luke “Um Cowboy no Negócio do Algodão” luta contra a escravatura e o racismo


Foi ontem editado pela ASA a tão esperada nova aventura de Lucky Luke, mas preferimos esperar um dia para ter oportunidade de o ler e podemos dizer que de facto valeu a pena. Já se sabia que o tema desta nova aventura do “cowboy que atira mais rápido do que a própria sombra” ia ser a escravatura e que a capa mostrava Lucky Luke numa plantação de algodão com um “xerife” negro. E em nossa opinião Morris pode estar em paz, pois com o desenho de Achdé, o argumento de Jul e a cor de Mel, Lucky Luke continua fiel aos seus princípios de defesa dos mais fracos. Mas o que é que os autores “arranjaram” a Lucky Luke? É num bar de uma terriola que tudo começa, onde pensa que vai descansar e onde nunca acontece nada. É aqui também que reencontra o seu amigo negro Bass Reeves, o melhor Marshal a oeste do Mississipi (herói real), que leva de volta para a prisão os Irmãos Dalton! É aqui também que um notário lhe entrega um testamento onde herda a maior propriedade de plantação de algodão do Luisiana! Assim faz-se ao caminho duma região que desconhece, para tomar posse da herança, mas com a intenção de distribuir as terras pelos empregados da plantação. Simples pensava ele... Mas vamos ainda encontrar outras referências a personagens históricas e a uma organização, umas para ajudar e outras para complicar a sua vida. A luta contra o poder dos proprietários brancos e a segregação racial, vão mesmo tornar difícil esta aventura de Lucky Luke, que vai ter para surpresa geral a ajuda dos Irmãos Dalton! Só não gostámos no final do penteado da crina do seu fiel Jolly Jumper... E mais não contamos, pois vale a pena é ler esta nova aventura de Lucky Luke. Para terminar aqui fica a quem dedicou Achdé este seu trabalho. “Dedico o meu trabalho a Albert Uderzo, a quem tanto devo. Tal como Morris, ele distinguia-se pelo “nariz batatudo” e pelo realismo. Deu-me a sua amizade e a honra de me aconselhar quando retomei o “Poor Lonesome Cowboy”. Nunca esquecerei os seus elogios, a sua compreensão e a sua modéstia. Quanto ao talento, foi um gigante. Agradeço-te, Al...”









BASS REEVES


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