O livro já não é novidade, pois foi apresentado no Festival de Beja em 2017. A verdade é que começámos pelo fim. Começámos a ler as obras de Guy Delisle, editadas pela Devir, a partir da mais recente, da qual já aqui falámos, intitulada Crónicas da Birmânia.
Antes das Crónicas da Birmânia, a Devir tinha também editado Pyongyang - Uma viagem à Coreia do Norte", obra sobre a qual havemos de falar, e este "Shenzhen - Uma Viagem à China".
O interessante nestas três novelas gráficas do canadiano Delisle, é a forma bem humorada com que relata, na primeira pessoa, as suas vivências em países com culturas muito distintas da sua, fazendo-o não do ponto de vista turístico, mas de quem experimenta o dia a dia nestes locais, com costumes que por vezes aos seus olhos (e aos nossos também) são bizarros. E é extraordinária a maneira despudorada com que nos conta situações que poderiam acontecer a qualquer um de nós, como o ter que experimentar comidas estranhas ou ter desarranjos intestinais.
Em Shenzhen - Uma viagem à China, Guy Delisle faz-nos um diário gráfico, onde tenta compreender os costumes de uma sociedade, durante o curto período de tempo em que trabalha na cidade e limitado à pequena área que lhe é permitido visitar.
A sua observação perspicaz e divertida expõe os dias monótonos, as dificuldades causada pela barragem da língua e choque de culturas, através de ilustrações detalhadas e cheias de charme, a que um jogo de luzes e sombras acrescenta significados.
Recomendamos a leitura da obra deste autor, editada em Portugal pela Devir.
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