A sinopse deste livro editado pela G. Floy Portugal já antevia que não estávamos perante uma história cor-de-rosa. A história de "Sara" acontece na zona de ocupação Nazi da Rússia, em 1942. A protagonista Sara é considerada como a atiradora mais mortífera da sua unidade. Esse seu talento para matar leva a que a sua fama se espalhe, tanto junto dos agentes do estado soviético, que se mantém à espreita na sombra, como até para o lado inimigo. Assim, Sara, a somar aos horrores da guerra, tem ainda que lidar com a pressão que sente pelas elevadas expectativas que têm do seu desempenho. E ao mesmo tempo, tem também que lidar com os seus demónios interiores, que podem prejudicar o seu trabalho.
O seu dia-a-dia é tudo menos fácil, também no seio do grupo de sete atiradoras furtivas onde está inserida. No segundo terrível inverno do cerco de Leningrado, vêem-se envolvidas numa luta contra o invasor alemão e, com o inimigo na sua frente, a dúvida é por quanto tempo conseguirão os membros do esquadrão sobreviver à terrível voragem da guerra?
A intensidade do argumento de Garth Ennis é acompanhada de forma competente pelos desenhos de Steve Epting. E as cores frias da responsabilidade de Elizabeth Breitweiser, ajudam a reforçar o clima difícil e gélido e ao mesmo tempo a frieza com que todas as personagens têm que lidar com a morte, em tempo de guerra.
Curiosamente lemos as 152 páginas deste livro, em pleno Verão!
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