quinta-feira, 8 de setembro de 2022

A opinião de Miguel Cruz sobre: "La Mort de Spirou" - tomo 56, de Guerrive, Abitan e Schwartz

A antecipada notícia sobre a publicação desta BD foi publicada no Juvebêdê há já alguns meses. E é verdade, penso que não será nenhum segredo nem constituirá surpresa que Spirou morre no final desta aventura!… Ou, pelo menos, assim parece!



Depois de seis anos de interregno, eis que a série principal de Spirou e Fantásio ressurge, agora com três autores, Sophie Guerrive e Benjamin Abitan responsáveis pelo argumento e Olivier Schwartz “aos comandos” do desenho. 

Comecemos então por comentar o desenho: muito bom, muito agradável, na minha opinião, mais próximo de versões anteriores, realizadas na chamada época de ouro da Banda Desenhada. Faz, um pouco, lembrar o desenho de Yves Chaland. Seja como for, muito movimento, boa composição de página, muita legibilidade, muito cuidado nos detalhes, cores excelentes, apenas notei uma ou outra inconsistência ocasional, por exemplo, na dimensão do nosso esquilo preferido, Spip. 

Spirou (e Fantasio), que começam esta aventura de férias e fazendo campismo, voltam a visitar Korallion, a cidade submarina que conhecemos pela primeira vez na aventura “Spirou et les Hommes-Bulles” da responsabilidade de Franquin. Recuperar algumas referências do universo criado pelo GRRRANDE Franquin, e aproveitar para celebrar o centenário das edições Dupuis, são dois objetivos muito claros desta edição. Aliás, a aventura decorre precisamente no ano de 2022, ano da celebração dos 100 anos da casa de edição, e a aventura é marcada pela modernidade.

O Conde de Champignac (Ladislau Ermenegildo…), Zorglub e personagens do universo de Gaston Lagaffe (do mesmo Franquin), que eram (são) colegas de Fantasio, como Mademoiselle Jeanne e Lebrac todos têm o seu papel nesta história.

Spirou e Fantasio, depois de ler uma reportagem da inevitável Seccotine, que refere Korallion, em termos muito elogiosos, bem como o trabalho que o “vilão Zorglub” aí desenvolveu, resolvem ir investigar, até porque, descobre-se, alguma ameaça resultante de uma espécie invasora parece pairar sob a cidade submarina. Fala-se, pois, de ambiente e de ecologia. O problema é que a investigação nas profundezas resulta fatal para o nosso herói.

A história tem emoção e suspense qb, e é bem construída e agradável. Parece ser consistente, mas termina abruptamente com a morte do herói… Que estou certo que irá ressuscitar no próximo tomo, sendo que a avaliação da consistência do argumento só poderá estar completa nessa altura. 

Merece a leitura, Spirou é uma das galinhas dos ovos de ouro das editoras franco-belgas, mas foi com grande satisfação que li mais uma aventura desta série.

Nota: Pela primeira vez Spirou aparece nu conforme podem ver na última imagem aqui apresentada.






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