A editora Arte de Autor já nos habituou a grandes obras de Banda Desenhada. Esta é sem dúvida uma delas. "A vingança do Conde Skarbek", com argumento de Yves Sente e desenho por Grzegorz Rosinski é um desses exemplos e um dos grandes álbuns deste ano.
A história, bem escrita e cheia de reviravoltas, agarra o leitor do princípio ao fim, pois há um mistério para ser desvendado desde o início e a curiosidade é espicaçada logo a partir da primeira página. As ilustrações de Rosinski são belíssimas, e levam-nos a vários tipos de cenários, fazem-nos lembrar uma visita a um museu de arte, pois cada vinheta parece um quadro. Quem diz que a Banda Desenhada é uma arte menor em relação às outras é porque nunca viu, ignora totalmente a existência destas obras primas.
Originalmente publicado em França em dois volumes, é agora publicado num volume integral com um caderno de extras eróticos que encerra o livro. Uma edição que os amantes da Banda Desenhada não podem perder.
Pequena sinopse: Reza o ditado que a vingança serve-se fria. E há uma razão para isso. Uma boa vingança prepara-se meticulosamente. E depois de cozinhada há que a deixar apurar. Para que os seus sabores se tornem surpreendentes. E letais.
E assim foi com o Conde Skarbek. Um homem civilizado vítima, anos a fio, de duras injustiças que foram fervendo e acumulando-se até se transformarem numa vingança implacável. Em Paris, esse caso inusitado deu origem a um enorme processo mediático que levantou muitas questões. Porém, em 1843, todas essas dúvidas foram respondidas e transcritas num manuscrito. Este que agora lemos.
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