A editora Gradiva editou, em Agosto e em simultâneo, os volumes cinco e seis da série Alix Senator e em boa hora o fez, pois "A Montanha dos Mortos" (6) é o seguimento de "O Uivo de Cibele" (5), estando assim num excelente ritmo de recuperação até aos 13 volumes já editados da série pela Casterman.
Podíamos dizer que estes dois volumes são mais do mesmo, mas não. Estas duas histórias (ou uma história partida ao meio), da autoria de Valérie Mangin e Thierry Démarez, elevaram o patamar no que diz respeito ao argumento, que aqui se torna muito mais complexo, intenso e violento (e sangrento também).
Como se já não bastassem as traições, vinganças e conspirações. Aqui, Alix vai confrontar-se com sérios (e perigosos) problemas, grande parte provocados pelo seu filho adoptivo Khephren.
Adolescente revoltado, Khephren tem o sonho de mostrar a todos que é um vencedor e almeja vir a ser um homem poderoso e imortal. A partir daí, mesmo que (quase) sempre acompanhado pelo seu "irmão" Tito, o jovem egípcio vai dar mostras da sua rebeldia e teimosia e acaba por sofrer consequências graves da sua insensatez. O pior é que para além do seu sofrimento, devido a ter-se metido onde não devia, vai arrastar toda a família e comprometer a vida de muitas outras pessoas.
Dos seis álbuns da série já editados pela Gradiva (como já dissemos no mercado francófono já vai no décimo terceiro), estes foram sem dúvida os melhores e ficamos com a ideia de que o périplo a que Khephren se propõe, e que o deixou a ele, ao Alix, Tito e companheiros em muito mal lençóis, vai continuar e não vai ser fácil.
A par do argumento, os desenhos, apesar de não tão minuciosos como nas histórias originais de Alix de Jacques Martin, continuam num género muito realista, levando o leitor a viajar no tempo pelo mundo da Antiguidade, neste caso por Roma e por terras do Egipto.
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