E voltamos ao tema do projecto BD PALOP porque no final do ano nos chegaram 10 livros, dois da primeira colecção (edição de 2023 - vencedores do concurso de 2022) que ainda não tínhamos (fica completa) e oito da segunda colecção (fica a faltar um), que representam os vencedores do concurso de 2023.
Vamos começar por falar dos primeiros, os tais dois que nos faltavam da primeira colecção. Trata-se de "A Baía do Inferno", da dupla Cabo-Verdiana Edna Cardoso (argumentista) e Meguinil Mendes (Ilustrador) e Heróis de Palma, da dupla de Moçambique Luís Ofice José (argumentista) e Rajau de Carvalho (ilustrador). Ambas as edições, como as restantes, têm A Seita como parceira, e foi a cooperativa que nos fez chegar os volumes. Nos próximos dias falaremos da segunda colecção.
Eis as sinopses e capas destes dois livros:
A Baía do Inferno
Cabo Verde, 1712. Chega à então capital Ribeira Grande de Santiago o ambicioso comerciante Faustino Melo Ribeiro, desejoso por colocar os seus serviços à disposição do Governador, mas os seus interesses vão-se cruzar com os do capitão João Baltazar. Entretanto, o escravo Lourenço faz de tudo para conquistar Maria, uma jovem escrava que sonha comprar a sua alforria. Ele acaba por desenvolver uma amizade com Francisco Simão, o último dos padres Jesuítas na ilha, com um misterioso passado. Contudo, o verdadeiro perigo paira sobre eles: o temerário corsário francês Jacques Cassard ronda as águas da Ribeira Grande. Conseguirão os nossos personagens sobreviver à invasão que se avizinha? Um antigo presságio cumpre-se e ninguém está a salvo na ilha.
Heróis de Palma
A riqueza natural de um lugar nem sempre é sinónimo de estabilidade para as populações. Abraão vive numa aldeia de pescadores, em Palma, e um dia sai para o mar com o pai. Enquanto o barco avança pelas ondas, ele fica a saber das mudanças que estão para chegar com os grandes projetos de gás e petróleo. Para Abraão, é tudo novidade e parece avizinhar-se um futuro cheio de oportunidades. Com o tempo, abusos e atos de corrupção começam a afetar a vida da comunidade. Levanta-se uma onda de tumultos e manifestações que as autoridades não podem deixar sem resposta. Abraão é um dos muitos heróis de resiliência em Moçambique, um herói de Palma.