Pode parecer que agora está na moda a publicação de novelas gráficas relacionadas com questões de identidade de género. Mas a verdade é que são necessárias estas publicações para que possamos compreender melhor a temática, aceitar e ser mais tolerantes. Porque nem todos temos que ser iguais e acima de tudo, devemos respeitar-nos uns aos outros.
Quanto a este "Quando soube que era gay", editado em Junho pela Iguana, iniciámos a leitura partindo do pressuposto errado. Pensávamos que íamos ler o testemunho de um homem. E não. A história, autobiográfica, é da autoria de Eleanor Crewes, uma mulher.
O livro é honesto e despretencioso, onde Eleanor nos conta o processo de revelação para si própria e para as suas pessoas mais próximas, sobre a sua sexualidade. Com algum sentido de humor, aborda as várias fases da sua vida, as suas dúvidas existenciais, as suas tentativas e esforços para gostar dos seus namorados (homens) e da descoberta que afinal eram as mulheres que a atraíam.
Um livro envolvido em ternura, que desmistifica a homosexualidade nas mulheres, onde a autora revela o seu percurso, os seus medos, as suas dúvidas e a sua negação e a sensação de não se encaixar em lado nenhum.
Felizmente que a autora encontrou o seu próprio caminho e que se pôs a nu, neste livro, que servirá para ajudar muitas outras pessoas que estarão a passar pelo mesmo, ou passaram e outras ainda a entenderem todo o processo.
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