A Arte de Autor e A Seita voltam a juntar-se para lançarem em co-edição uma novela gráfica de Zidrou e Jordi Lafebre, aliás a primeira obra em conjunto, editada pela Dargaud em 2010, antes da fantástica série "Verões Felizes". Surge agora esta nova edição, de 2023, que em boa hora chega a Portugal.
E tudo leva a crer que iremos ler uma belíssima e comovente história. Consta que é uma lição de vida sobre empatia e simplicidade genuína. Com uma protagonista que não ouviremos rir ou chorar, que está aqui ao mesmo tempo que não está, que é o eixo central da questão essencial do livro: porquê escolher fazer o mal quando todos podemos escolher fazer o bem? Estamos em pulgas para ler!
"Têm razão ao dizer que uma mãe não é nada sem o seu filho. Sei do que falo: não foi à toa que me apelidaram de «Nossa Senhora do filho perdido»! Por isso, quando a Camille Tirion — sabem, a filha do Augustin, o maquinista de locomotivas — pois bem, quando a Camille perdeu o seu à nascença, fiquei muito abalada. Uma menina. Era uma menina. Iria chamar-se Lydie…"
Falar sobre Lydie não é fácil, embora a sua mãe, Camille, faça parecer que sim. A pequena Lydie morre momentos depois de nascer, mas depois de alguns dias a dor e a perda transformam-se em gritos de alegria quando a mãe anuncia que a bebé está de volta. Porém os lençóis e o berço continuam vazios.
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