Andámos a guardar a leitura desta obra para as férias. Porque sabíamos que merecia ser lida com vagar, com todo o tempo do mundo para nos deliciarmos com os incríveis desenhos de Ricardo Leite, requintados e cheios de pormenores.
Havíamos, como já referimos anteriormente, ficado deliciados com a apresentação que Ricardo Leite fez deste seu livro no Festival de Banda Desenhada de Beja e com a exposição sobre o livro, também patente no Festival. Sabíamos que esta era uma aposta forte d' A Seita e por todos estes motivos as expectativas estavam tão altas que até tínhamos receio de sofrer uma desilusão. Mas nada disso, este livro é tudo o que esperávamos e muito mais. É uma verdadeira ode e homenagem à nona arte, a muitos autores e personagens, tudo o que tem contribuído para o crescimento deste género de literatura ao longo dos anos.
Ricardo Leite leva-nos a viajar pela sua história pessoal, mas também leva o leitor a viajar sobre a história da Banda Desenhada. O autor sonhou durante anos em editar um livro de BD e trabalhou durante 10 anos nesta obra e a concretização deste sonho tomou a forma de um extraordinário livro de Banda Desenhada, de indispensável leitura e de(leite) pelos leitores.
Os desenhos são magníficos e cheios de detalhes e o argumento bem estruturado, só encontrámos muito pontualmente duas situações de gralhas nas legendas. Já calculávamos que esta passaria a ser uma obra de referência, e com a sua leitura, confirmamos. Recomendamos a sua leitura e a sua releitura pois a cada página iremos sempre encontrar mais um pormenor aqui e ali que não tínhamos reparado da primeira vez.
Relembramos a sinopse:
Magnificamente ilustrado num preto e branco dinâmico e pormenorizado, o livro de Ricardo Leite tem tudo para agradar não apenas aos fãs de Hergé e da sua principal criação, mas a todos aqueles que querem conhecer um pouco melhor a Banda Desenhada ocidental e os seus maiores criadores, muitos dos quais são personagens deste livro fascinante. Uma viagem a Bruxelas serve de pano de fundo, e de justificação para uma “fantasia autobiográfica”, que o levará ao longo de memórias de encontros, uns reais, outros imaginados, com grandes nomes da Nona Arte, e de discussões sobre estilos, autores, países, e muito mais, à descoberta das raízes da sua paixão pela BD.
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