quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Novidade: Arte de Autor e A Seita lançam "Naturezas mortas" e o desenhador Oriol estará este fim de semana no Festival Bang

 


Já andava a ser falado há muito tempo e por aqui o Miguel Cruz também já tinha feito a análise da versão francesa deste "Naturezas Mortas". Uma obra de Zidrou e de Oriol que chega agora pelas mãos da Arte de Autor e d'A Seita. Este fim de semana, o desenhador catalão Oriol estará presente no Festival Bang.

Vidal Balaguer i Carbonell (Barcelona 1873 - ?) foi considerado como um dos prodígios do modernismo catalão, tendo frequentado o cabaret boémio Els Quatre Gats, juntamente com o seu amigo Joaquim Mir. Membro de La Colla del Safrà, um célebre grupo de artistas catalães, Balaguer foi um homem controverso, que nunca conseguiu obter o reconhecimento que merece. 

Zidrou e Oriol assinam uma magistral novela gráfica, de uma riqueza visual e narrativa sem igual: um drama, uma busca existencial, uma reconstituição histórica, de uma sensibilidade excepcional, na verdade, um triunfo da Nona Arte.

Mar é uma jovem e bela musa para uma série de pintores que encantou e enfeitiçou, amantes de uma ou poucas noites... Mas o pintor Vidal Balaguer persegue-a com paixão, até ao dia em que ela desaparece misteriosamente, passando a assombrar os pensamentos e as noites daquele que foi o último a pintar o seu retrato, a célebre tela La mujer del mantón. No entanto, o mistério da desaparição de Mar não acaba aqui, e a polícia começa a suspeitar, não só de que ele é responsável pela sua desaparição, mas que terá feito desaparecer outras pessoas na Barcelona do final do século 19 que este álbum evoca.

Entre romance policial, exploração do mundo da pintura modernista espanhola, história de amor, fábula e biografia ficcional, Zidrou e Oriol tecem uma narrativa extraordinária em que a Terceira e a Nona Artes se cruzam de maneira brilhante. Desenhada num estilo que evoca o dos pintores modernistas catalães do grupo histórico La Colla del Safrà, que são os protagonistas desta história, esta obra brilha também pelas cores magistrais que Oriol usa para aumentar ainda mais a expressividade e sensibilidade das ilustrações, fazendo com que o leitor tenha a sensação de ter penetrado e de evoluir numa das pinturas dos mestres daquela época.



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