sábado, 7 de setembro de 2024

A nossa leitura de "Corto Maltese - A Rainha da Babilónia", de Bastien Vivès e Martin Quenchen - edição Arte de Autor


Este foi um livro que nos surpreendeu pela positiva. As reinterpretações são sempre um risco, pois normalmente estamos muito viciados com o original e por vezes parece-nos esquisito ver as nossas personagens conhecidas, desenhadas de outra forma. Por isso há que partir para este tipo de leituras com espírito aberto e assumir aquilo que são: homenagens. E assim foi. E que surpresa boa! 

Em "A Rainha da Babilónia" (da Arte de Autor), os autores Bastien Vivès e Martin Quenchen (que já tinham assinado o Oceano Negro) conseguem aqui trazer um novo Corto Maltese do século XXI, com o mesmo charme e o mesmo espírito aventureiro do original.

O álbum tem aventura, tem romance, tem humor e tem uma dinâmica que nos recordou os melhores filmes de James Bond. É estranho vermos Corto Maltese com euros na mão ou ver outras referências contemporâneas. Mas acaba por ser muito divertido e ver também certos piscares de olhos às aventuras originais. Os desenhos muito fluídos e em preto, branco e cinza, casam na perfeição e com naturalidade com a narrativa. 

Portanto, que nos perdoem os puristas, mas este livro é cinco estrelas e a fechar o álbum temos magníficas aguarelas a cores.

Recordamos a sinopse: Outono de 2002. Enquanto uma nova guerra se desenrola no Iraque, os contrabandistas de Veneza estão a festejar. Mas quando o amor, a honra e a fortuna se cruzam, o infortúnio não pode faltar... Do Adriático ao Golfo Pérsico, dos Balcãs à Babilónia, entre cães e lobos, Corto terá de voltar a traçar a sua rota, amar, lutar e descobrir que a aventura é uma maldição que o impede de regressar ao porto...





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