Esta série Tango, que é editada pela Gradiva BD, já vai no oitavo volume. A edição apresenta-se num excelente formato e com grande qualidade, com capa dura, bom papel e boa impressão, o que num álbum de BD é importantíssimo. Para além destes aspectos, são 62 páginas com um bom ritmo e muitas surpresas inesperadas, não fossem Tango e Mário uma dupla atracção de problemas, mesmo quando isso parece não ir acontecer. Ou seja, nesse pormenor, este é igual aos outros álbuns.
"O Tesouro do Mar de Sulu" é, em nossa opinião, um dos melhores álbuns da série, uma excelente aventura no seguimento da anterior “A Flecha de Magalhães” e uma boa história contada por Matz, isto claro para além de bem desenhada por Philippe Xavier e com pranchas alternadas no seu tamanho, boas paisagens, bons cenários e enquadramentos, isto sem deixar de referir também as excelentes tonalidades das cores de Jérôme Maffre. Destacamos uma prancha que nos impressionou de dupla página: a vista de cima dum bairro de lata de Manila!
Manila? De referir que tudo vai começar na Costa Norte de Bornéu e que Tango, Mário, Crisanto e a encantadora Lani continuam a tentar descobrir onde está o capacete de Magalhães. Claro que Lani, para tornar a descoberta mais rápida, trás consigo ao encontro de Tango e Mário um historiador inglês chamado de Will Hill, que pode tornar finalmente possível a tão esperada descoberta do tesouro, com as informações que tem. No entanto e como sempre, mais do que nunca, Tango e Mário só podem contar consigo mesmos, pois os aliados não são necessariamente aqueles que pensamos e quando menos esperamos as traições acontecem.
Para terminar aqui fica uma nota que pode deixar os leitores e fãs de Tango tristes…é que vai levar algum tempo para o regresso de Tango, pois tal apenas acontecerá em 2026, já que em 2025 Matz e Philippe Xavier darão seguimento ao seu álbum da coleção Signé: Le serpent et le coyote, edição Lombard.
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