segunda-feira, 16 de setembro de 2024

A nossa leitura de Butterfly Beast (volume 2 temporada 2), de Yuka Nagate - edição A Seita

 


Deste lado confessamos que iniciámos a leitura do segundo volume da segunda temporada da série Butterfly Beast sem grandes expectativas. Não entendam mal, mas achámos que seria mais do mesmo e não víamos por onde a história poderia evoluir. Porém, como gostamos da série, demos uma oportunidade e não é que fomos surpreendidos?

Yuka Nagate deu uma reviravolta na história e adicionou mais um ingrediente, a religião católica, que vai trazer ainda mais violência ao enredo. Intrigas, conspirações e vinganças fazem parte da trama onde Ochō, a “Borboleta”, é a protagonista. Ela vive em Yoshiwara, um bairro fechado e controlado de Tóquio, onde se concentram as casas de prazer e de cortesãs, e os salões de festa e banhos públicos menos reputados da cidade. Aqui ela adotou o nome de Kochō, a “Borboleta”, e é a cortesã mais famosa do bairro. No entanto, na realidade ela é uma caçadora de shinobis errantes (guerreiros que se recusam a desaparecer e a adaptar-se à nova fase de paz que o Japão atravessa). Porém, como já havíamos dito relativamente ao volume anterior, a personagem principal continua a dar sinais da sua fragilidade e está cada vez mais vulnerável e exausta da sua vida dupla. O seu coração está preenchido de dúvidas e o seu estado depressivo e frágil está a impedi-la de concretizar as missões que lhe são entregues.

Esta série de Yuka Nagate continua a encantar-nos pelos belos desenhos a preto e branco, sempre muito harmoniosos em qualquer que seja o tipo de cenas e pela força e resiliência que a Butterfly Beast ainda vai encontrando, apesar de tudo o que tem sofrido.

Para quem nunca pegou na série, fica a saber que a cada prancha o leitor mergulha no Japão de 1635, em pleno período Edo, depois de anos de guerras feudais. Uma época histórica que durou quase 300 anos e que ficou conhecida pelo isolamento do mundo que solidificou a alma japonesa, conhecida até hoje.





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