Estamos a caminhar para o Inverno, mas apeteceu-nos falar do Verão. Aliás, dos Verões. Verões Felizes é uma série feliz em todos os aspectos. É de uma candura e simplicidade desconcertantes e de leitura obrigatória. A editora Arte de Autor editou o terceiro duplo álbum em Agosto e desta forma ficou com a colecção integralmente publicada. Resta-nos agora aguardar que a dupla de autores Zidrou e Jordi Lafebre se volte a reunir para mais títulos da série.
A título de curiosidade, para quem não teve oportunidade de visitar a edição deste ano do AmadoraBD, uma das exposições do Festival foi precisamente dedicada a esta série.
Como sempre, pegámos no livro com grande expectativa e a nossa leitura voraz foi prova de que o patamar elevado em que tínhamos colocado esta série, não tinha sido em vão. Verões Felizes 3 reúne as histórias "A fuga" e "As Giestas" e uma vez mais (nós os mais velhos) ficamos com a sensação de que realizámos uma viagem no tempo, pois o livro traz-nos à memória recordações felizes em que as férias nos ofereciam prazeres muito simples de concretizar: família reunida, tempo para brincarmos uns com os outros, sol, praia ou campo, refeições demoradas. Verões Felizes faz nascer o saudosista que existe em cada um de nós. Mas também nos alegra com os percalços, as peripécias da família protagonista e este terceiro álbum duplo dá-nos a felicidade de assistirmos ao nascimento de um membro da família.
Antes de passarmos à sinopse das duas histórias, reforçamos que este é um livro que pode ser lido por todos os elementos da família ou mesmo em conjunto. Porque acima de tudo é um livro onde prevalece o amor e a partilha e também, o bom humor. Trata-se de um bálsamo para os dias de hoje.
"A fuga" passa-se em 1979, ano em que os Pink Floyd arrasavam com "The Wall". O fim de 1979 aproxima-se lentamente. Os Faldérault não podem dizer que guardam uma boa recordação: Madeleine odeia tanto o seu trabalho de vendedora de sapatos como a mulher que a contratou, e Garin propôs a Pierre retomar a série «Zagor» a mesma que Pedro decididamente não pode ver nem pintada! De qualquer forma, o ano está a acabar!
Para se distraírem, os Faldérault decidiram celebrar o Natal ao sol! No entanto, não será toda a família a participar, já que a Julie-Jolie fica em casa a preparar-se para os exames. Louis estava a planear assistir ao concerto dos Pink Floyd em Londres e vê os seus planos alterados no último segundo. E lá vão eles para umas férias que se anunciam agitadas... sobretudo quando o Louis decide fugir durante o caminho...
A história "As Giestas", passa-se em 1970, ao ritmo de “In the Summertime”
São as férias! Adeus, Mons, bom dia, sol! Como todos os anos, a tribo dos Faldérault toma a direcção do Sul a bordo da Menina Esterel, a 4L familiar. Pierre não terminou o seu álbum? Não faz mal, ele vai finalizar as últimas pranchas à beira do Mediterrâneo.
Aqui estão todos os cinco prontos para não fazer nada. Enfim, cinco e meio mais, já que a Mado está grávida. Mas na estrada um caminhão ultrapassa-os, perde sua carga e lá está o pára-brisas de Esterel que voa em estilhaços.
Não acontece nada de grave, mas não podem continuar a viagem. Enquanto o mecânico repara a 4L, a família é acolhida por Esther e Estelle, duas mulheres encantadoras que dirigem a quinta «As Giestas». Enquanto Pierre pensa que é Cézanne e Nossa Senhora vê o bebé crescer, as crianças ajudam no parto das cabras e descobrem os encantos do campo. Mas também aprendem os segredos da vida...
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