Ouvimos Al Capone em confissão. Ou melhor, lemos a confissão de Al Capone. O emblemático mafioso encontra-se atrás das grades, na prisão de Alcatraz e confessa-se. As suas palavras são dirigidas à mulher que mais amou, a sua mãe, embora ao que parece, a presença materna seja fruto da sua imaginação. O livro é, portanto, um monólogo, de Al Capone a contar a sua história desde a sua infância, os seus primeiros pequenos delitos, os seus primeiros esquemas e continua por aí fora, sempre desculpando os crimes que cometeu.
Portanto estamos perante uma espécie de biografia, ditada pelo próprio e com os acontecimentos deturpados, tendo em conta que ele se desculpa várias vezes, como se tivesse sido obrigado a cometer os crimes que cometeu. Vivendo com as suas próprias leis, Al Capone considera injustas as acusações de que é alvo, como se fossem legítimos os seus actos criminosos.
A história é-nos muito bem contada, onde o humor também está presente e a leitura faz-se de forma fluída. O estilo de desenho, com um traço muito próprio e com personagens muito caricaturais mas expressivas, aligeira as cenas mais violentas.
Mais uma vez, um excelente livro da Ala dos Livros!
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