quarta-feira, 23 de outubro de 2024

A nossa leitura de "A educação física", de Joana Mosi - edição Iguana



Depois de termos lido "Mangusto", assim que nos chegou "A educação física", a nova obra de Joana Mosi (editada pela Iguana), a curiosidade falou alto e rapidamente iniciámos a sua leitura. Porém, esta obra não nos cativou tanto como aconteceu com a anterior. 

Quanto à história, fez-nos encontrar semelhanças com os trabalhos de Bernardo Majer. Talvez tenha a ver com a faixa etária e com estarem mais próximos da realidade de pessoas da sua idade, mas apresentam-nos personagens que representam jovens adultos, no seu quotidiano, com problemas de relacionamentos amorosos frágeis e mal resolvidos, realidades profissionais precárias, relações familiares difíceis e onde prevalece a amizade. No fundo talvez nos apresentem um pouco da geração dos 30 anos. Também ambos com histórias que não têm um final, ficando em aberto e deixando o leitor desconcertado.

Aqui, porém, temos uma perspectiva feminina, que muitas mulheres se identificarão, com recordações que nos remetem para a adolescência, em especial para as aulas de educação física, a passagem pelos balneários, situações que eram muitas vezes de desconforto e vergonha, com corpos em crescimento e transformação.

Destacamos a originalidade do estilo de Joana Mosi quer ao nível do desenho, quer na composição das pranchas, que podem ser bastante diferentes entre si. A fluidez no traço ajuda no movimento e ritmo das imagens, mas por vezes os desenhos são demasiado pouco precisos, tendo o leitor dificuldade em perceber o que está a ver. 

Sendo o livro maioritariamente a preto e branco, existem algumas vinhetas onde entra a cor azul, que representam ecrãs do telemóvel, que a protagonista vai vendo, desde mensagens a redes sociais, mas que não têm muita leitura. 











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