segunda-feira, 21 de outubro de 2024

A nossa leitura de Bairro Distante, de Jiro Taniguchi - edição Devir

 


Se fosse possível voltar atrás no tempo, mudaríamos alguma coisa?
Este é o ponto de partida desta obra (manga) de Jiro Taniguchi. Correndo o risco de nos repetirmos, voltamos a referir que somos grandes fãs de Jiro Taniguchi e já tínhamos lido algumas das suas obras como "O Homem que caminha", "Terra de Sonhos", "Os Guardiões do Louvre" e "O Diário do Meu Pai". Porém, podemos afirmar que este "Bairro Distante" superou as nossas expectativas.

Parabéns à Devir por apostar nas versões portuguesas das obras deste malogrado autor.

A história centra-se em Hiroshi Nakahara, um homem de meia idade, um empresário sempre muito ocupado e com pouco tempo para a sua família, que regressa inesperadamente ao seu tempo de adolescente, quando tinha 14 anos.

Atordoado com a sua situação e achando que é um sonho que vai passar depressa, Hiroshi acha que tudo vai voltar ao lugar, mas afinal continua no seu corpo de 14 anos, mas com o entendimento de adulto. Reencontra amigos de escola, vive amores passados e no seio da sua família, revive a leveza desses tempos felizes, mas também a preocupação e tristeza de acontecimentos que o marcaram para sempre. E é precisamente por saber o que vai acontecer à sua família, que vai tentar de tudo para mudar o curso à história. 

Sem contar demasiado o que ele consegue fazer, nessa sua tentativas de mudar o futuro vai acabar por descobrir factos importantes que desconhecia e o mais importante é o quanto essa experiência o vai transformar interiormente e mudar a sua vida adulta.
Um livro muito bonito, como é habitual no autor, com temas diversos tratados com uma enorme sensibilidade, mas acima de tudo a importância da família na nossa vida.

Argumento e desenho numa linha clara, irrepreensíveis. Apesar de algumas pranchas coloridas, o livro é maioritariamente a preto e branco.




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