quarta-feira, 16 de outubro de 2024

A nossa leitura de "O Fotógrafo de Mauthausen", de Salva Rubio, Pedro J. Colombo e Aintzane Landa - edição Gradiva BD

 


Gostamos de ler histórias verídicas e temos aprendido muito sobre vários episódios da História através de livros de Banda Desenhada. Foi o que aconteceu com este "O Fotógrafo de Mauthhausen" editado pela Gradiva BD.

Já sabíamos ao que íamos, com este livro de Salva Rubio, Pedro J. Colombo e Aintzane Landa, pois tudo o que envolve o Holocausto e campos de concentração, é duro, pesado, perturbador e muitas vezes revolve-nos as entranhas. 

Este livro leva-nos a conhecer uma história baseada em factos reais, sobre Francisco Boix, a única testemunha espanhola no julgamento de Nuremberg e a sua luta pela verdade. 

Relembramos a sinopse: E se o roubo do século tivesse ocorrido... num campo de concentração nazi? Em 1941, Francisco Boix é um jovem fotógrafo espanhol que, juntamente com vários milhares de seus compatriotas, foi deportado para o campo nazista de Mauthausen: uma sentença de morte em vida. Prisioneiro número 5181, o seu caminho cruza-se com o do Comandante Ricken, um esteta nazista perverso que tem prazer em fotografar o horror do extermínio. Francisco entende que tem diante de si um testemunho valioso. Tirar fotos do campo será apenas o primeiro passo para revelar ao mundo o que está acontecendo em Mauthausen. Ele e os seus companheiros delinearam um plano para roubar as fotografias que testemunhassem os crimes cometidos no campo e incriminassem os mais altos dignatários nazis. Este plano arriscado é apenas o início da sua jornada para revelar a verdade... 

As atrocidades a que assiste o protagonista, os perigos que corre e o que se segue mesmo depois de ter sido libertado, é de tal forma triste, angustiante e injusto, que nos causa sentimentos de revolta pelo que o fotógrafo passou, mas não queremos dar aqui mais pistas sobre o que aconteceu, para que possam mergulhar na leitura sem reservas.

Quanto aos desenhos, a capa representa bem a expressividade das personagens. conseguida em todo o livro, e que nos toca na alma. O olhar de tristeza e de horror do fotógrafo é o nosso se estivéssemos lá. As cores escolhidas, sombrias, acentuam ainda mais os sentimentos referidos. 

De destacar o dossier histórico de mais de 50 páginas, no final do livro, muito bem documentado e com fotografias que por vezes estão lado a lado com desenhos das personagens do livro.








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