Já aqui tínhamos dado destaque a este livro Hitler, da autoria de Shigeru Mizuki (edição Devir).
Agora informamos que já está disponível nas livrarias e em plataformas on-line desde dia 6 de Fevereiro e que aconselhamos mesmo a ler, pois será um dos grandes livros editados em 2025.
Hitler é, sem dúvida, um dos títulos mais impactantes que a Devir irá lançar em 2025. Um retrato singular de um ditador que mudou a História, uma obra lançada no ano em que se celebram 80 anos do fim da II Guerra Mundial. E em tempos de desafios globais e ascensão de discursos extremistas, não sendo Portugal exceção, Hitler relembra-nos o preço da ignorância e da inação perante os erros do passado. Serve como um alerta atemporal sobre os perigos da manipulação de massas e da ascensão de discursos de ódio.
Hitler, de Shigeru Mizuki desdobra-se através de uma narrativa gráfica que captura tanto a ascensão quanto a queda do líder nazi, apresentando um retrato detalhado que se estende para além do mero biográfico. Mizuki, conhecido pela sua habilidade em entrelaçar rigor histórico com storytelling envolvente, proporciona aos leitores uma janela única para a complexidade de Hitler, enfatizando como a sua liderança foi simultaneamente catalisadora e destrutiva. Mizuki transporta os leitores para a Alemanha do século XX, retratando a ascensão e queda de Adolf Hitler, e o contexto social e político que permitiu a sua emergência. O autor não se limita a mostrar o ditador como um símbolo do mal, ele explora as suas contradições humanas, o que torna a narrativa ainda mais poderosa e perturbadora. Mizuki humaniza sem glorificar, convidando os leitores a refletir sobre as consequências das ações individuais no destino de milhões. No final do livro pode ler-se uma entrevista fictícia de Shigeru Mizuki a Adolf Hitler. Este recurso narrativo reflete a abordagem criativa e reflexiva do autor.
Mizuki “encontra-se” com Hitler após a sua morte, numa conversa fictícia que ultrapassa os limites do tempo e da realidade. Mizuki confronta Hitler com a sua visão distorcida de ser um salvador do povo alemão; desafia-o a reconhecer o sofrimento causado pela sua ideologia e pelas suas decisões, refletindo sobre como Hitler via as pessoas como ferramentas para alcançar os seus objetivos, ignorando o seu valor humano. Ao ler as respostas de Hitler, muitas vezes justificativas e cheias de arrogância, o leitor é levado a refletir sobre a responsabilidade individual e coletiva.
Sem comentários:
Enviar um comentário