segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Vários balanços relativos ao Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême


Terminada a 52.ª edição do Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême, é tempo de falar em balanços e são vários.

Relativamente a nós, estivemos sempre em contacto com amigos que por lá andaram e que nos levaram até lá através das suas imagens e relatos que nos iam enviando. A eles se devem alguns dos conteúdos que temos vindo e a publicar e outros que ainda vos vamos mostrar.

Também uma palavra para a participação portuguesa: tanto da Bedeteca de Beja, que no primeiro dia do evento, foi representada pelo Paulo Monteiro que fez uma intervenção “Banda desenhada e Memória - O Museu da Banda Desenhada de Beja”, que decorreu no Museu da Banda Desenhada de Angoulême; como para a Ala dos Livros, que mais de três décadas depois de uma editora portuguesa marcar presença no International Rights Market, arriscou e apostou em apresentar algumas edições de autores nacionais, não só da sua responsabilidade como da Escorpião Azul e ainda edições de autor, como da Patrícia Costa.

Quanto aos organizadores do Festival, mostram-se muito satisfeitos com esta edição, tanto ao nível da afluência do público, como de todos os intervenientes. Realçam que o palmarés reflete a diversidade presente na banda desenhada e um Fauve d'Or (Melhor Álbum) que honra a nona arte. A próxima edição, decorrerá de 28 de Janeiro (dia só para os profissionais) a 1 de Fevereiro.

(A autoria da segunda imagem é de © Maellys Durand)

A par do Festival e em conjunto com a GFK, a organização publicou o tradicional balanço do mercado francês de banda desenhada. 

Depois de dois anos com vendas recorde, em 2021 e 2022 e num contexto macroeconómico difícil, p mercado da banda desenhada em França assiste pelo segundo ano consecutivo, a um recuo moderado (-9% em volume e -4% em valor em relação a 2023).

No entanto, este “regresso à normalidade” ocorre no quadro da nova dimensão que a banda desenhada assume em França: de facto, o mercado em 2024 ascende a 837 milhões de euros de volume de negócios, ou seja, um aumento de 50% face ao ano de referência de 2019 .

Os mangás continuam em força, mas os 10 mais vendidos em 2024 testemunham a riqueza editorial da oferta no mercado: criação sob o signo da hibridização (Instinto), renovação juvenil (Incrível Adèle), adaptação literária (A Estrada), série clássica (Blake & Mortimer e Lucky Luke) e novela gráfica real (a continuação da série O Árabe do Futuro), títulos que convivem ao lado dos maiores sucessos do género mangá (One Piece, Spy x Family).

Único ausente do top 10, é o segmento dos Comics registou, apesar de tudo, uma tendência ascendente em 2024.










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