sexta-feira, 10 de maio de 2024

A nossa leitura de "O Mundo sem fim", de Jean-Marc Jancovici e Christophe Blain


"O Mundo sem Fim" é um livro que consideramos de leitura obrigatória. Já iremos explicar porquê.

Primeiro queremos reforçar que há sempre que dar oportunidade aos livros, mesmo que achemos que não vamos gostar. Quando o livro foi anunciado pela Ala dos Livros, adorámos a capa. Porém, ao abri-lo, sentimos uma pontinha de desapontamento pois o interior em nada se relacionava com a capa. Ora, não sendo especialmente fãs dos traços de Christophe Blain, adiámos por uns dias o início da leitura. 

Porém, se um livro de Banda Desenhada é considerado como um Best Seller internacional e vende mais de um milhão de exemplares e é alvo de críticas muito positivas, há que pensar duas vezes e mergulhar na leitura para ver se corresponde às expectativas tão elevadas.

Foi o que fizemos e em boa hora. Não é um daqueles livros para ler de um só fôlego. Demorámos a lê-lo porque contem muita informação, muitos conceitos e rompe com muitas crenças enraizadas. É uma espécie de aula gigante sobre fontes de energia, alterações climáticas, economia, sustentabilidade, história, ciência, ecologia e até psicologia. De tal forma que a meio do livro demos por nós a desejar que Jean-Marc Jancovici tivesse sido nosso professor. Porque de uma forma muito clara, simples e envolvente, através do humor e da Banda Desenhada, ambos os autores conseguem transmitir uma análise sobre o desenvolvimento da sociedade, com uma abordagem científica e rigorosa, onde os factos nos são apresentados tal como são, com os prós e os contras de todos os aspectos.

Não é à toa que a editora diz que este é um livro que pode ajudar a salvar o planeta. Porque no final da leitura temos a certeza que vos vai acontecer a mesma coisa que nos aconteceu: terminámos a leitura com vontade de mudar de comportamentos, fazer algo pelo futuro do nosso planeta que não tem plano B e caminha para o colapso. Porque existe um limite físico do crescimento mundial e esse crescimento tem que começar a desacelerar.

Por tudo isto reforçamos que este é um livro a que damos nota máxima, e que deveria ser de leitura obrigatória, de forma transversal, por alunos, professores, políticos, empresários, decisores e cidadãos comuns. Porque cada um de nós pode fazer a sua parte na tentativa de salvar o planeta.




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