Prosseguimos com a leitura de Butterfly Beast, uma das séries de mangá que mais gostamos, que é da autoria de Yuka Nagate e editada pel' A Seita.
A história que se vem desenrolando desde o primeiro número situa-se algures entre um thriller histórico e um conto clássico de vingança, tendo como protagonista Ochō, conhecida como “Borboleta”, que aparentemente é uma cortesã no bairro de Yoshiwara, em Tóquio, mas essa profissão não passa de um disfarce. Na realidade, ela é uma shinobi, e a sua missão é caçar aqueles que anseiam pelo regresso do Japão da era da guerra civil.
O cenário leva-nos a 1636, no início do período Edo, época onde reina uma paz frágil no Japão, depois de anos de guerras feudais. Os ambientes e as personagens são extremamente bem desenhadas, com um traço muito fino e elegante.
Neste volume sentimos grandes progressos na história, o que já nos agradou mais porque nos anteriores volumes achamos estar ali um bocadinho a marcar passo. Desta vez, Ochō foi capturada e traída por um dos seus companheiros caçadores de Shinobis. Ela está nas mãos dos rebeldes que sonham usurpar o poder ao Clã Tokugawa e restabelecer a velha ordem.
Cada vez mais a protagonista demonstra as suas fragilidades, ao ser confrontada com os seus sentimentos, que oscilam entre a sua obrigação como caçadora, e o apego emocional a alguns dos seus captores. Será que o que parece é? Achando-se perdida, ela vai acabar por ser surpreendida, mas continuamos sem saber que rumo vai tomar, uma vez que as suas dúvidas existenciais têm perdurado sem que ela encontre uma solução para a sua vida. A leitura desta obra, muito auxiliada pelos desenhos que demonstram bem as emoções das personagens, faz transparecer bem o desespero interior e as lutas que travadas na cabeça de Ocho, e nesta fase já só queremos que a série termine na esperança que a protagonista encontre paz. Mas ainda nos faltam dois volumes. Aguardemos pelos próximos desenvolvimentos.
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