terça-feira, 14 de janeiro de 2025

A nossa leitura de Muzinga, de André Diniz - edição A Seita

 



Não há ninguém a desenhar como o André Diniz. E caramba, como ele desenha bem! O seu traço intenso, os seus pontilhados, as suas formas originais e as suas pranchas onde a regra é não haver limites para a imaginação. Este seu "Muzinga" para além de ser tudo isso em termos visuais, também o é no que toca ao argumento. É tudo um pouco estranho e surreal, começando no seu protagonista que tem duzentos anos. Este bicentenário é um aventureiro solitário, rezingão e aldrabão e assume-se como mau carácter. Precisamente pelo seu carácter e pela sua já incrível idade, ele não tem filtros e diz o que quer e lhe apetece, aliás com a sua experiência e conhecimentos ele é um linguista e fala mais de cem línguas.

Nos desafios porque passa e nas suas aventuras estranhas, aos poucos nós, os leitores, vamos criando alguma afeição por Muzinga, pois no meio de tudo isto ele é bastante inteligente e espirituoso e tem uma missão a cumprir que é a de aprender línguas e culturas que estejam em risco de desaparecer. Muzinga parte à descoberta e nós também, numa jornada misteriosa e bem humorada que nos leva a uma leitura fácil e divertida e quando damos por nós, terminámos o livro. 






Sem comentários:

Enviar um comentário