sexta-feira, 22 de julho de 2022

A nossa leitura de "A Cicatriz", o livro de Renato Chiocca e Andrea Ferraris - Edição Escorpião azul

 


"A Cicatriz", uma edição da Escorpião Azul, foi lançada no final de Maio, durante o Festival de BD de Beja, com a presença dos autores Renato Chiocca e Andrea Ferraris. Tivemos o prazer de assistir a essa apresentação pelos autores e percebemos logo que este livro foi uma experiência cheia de emoções e muito real para os autores, não fosse passada nas fronteiras do México e dos Estados Unidos da América.

Contar histórias sobre emigrantes que tentam uma vida melhor e arriscam mesmo a sua vida para concretizar o seu sonho é, desde já, logo muito difícil, pois uma grande parte não tem um final feliz. Com o traço de desenho a preto e branco, de Andrea Ferraris, de que somos fãs pela leitura de "Churubusco" e com argumento de Renato Chiocca, é pois um livro que nos conta e mostra a verdadeira e crua realidade do que se passa nos dois lados da fronteira, mas também daqueles que tentam ajudar e salvar vidas. O livro é composto por duas histórias que retratam dois pontos de vista, mas são igualmente intensas e pesadas. 

É por todas estas razões que recomendamos a leitura desta "Cicatriz".

"Nós não atravessámos a fronteira, a fronteira é que nos atravessou." - Slogan dos latinos nos Estados Unidos 

A sinopse:

A "Cicatriz" é uma reportagem gráfica sobre a dura realidade que existe em ambos os lados da fronteira entre o México e os Estados Unidos. Três mil e duzentos quilómetros de um Muro que divide a sociedade, criando uma ferida profunda em torno da qual vão alternando a escuridão, a luz, a violência e a humanidade. Andrea Ferraris e Renato Chiocca viajaram para Tucson e Nogales para documentar as histórias dos que vivem na sombra desse Muro: uma zona de guerra em terra de ninguém. O que eles viram e ouviram foi capturado nesta novela gráfica. "Uma noite na fronteira" reconstrói a história de José Antonio Elena Rodríguez, o jovem que com apenas dezasseis anos, foi baleado dez vezes nas costas por um agente da patrulha de fronteira dos Estados Unidos. A morte deste rapaz foi reconhecida como assassinato transfronteiriço. Em "Um dia na fronteira", os autores entrevistaram um grupo de voluntários que prestavam assistência médica e alimentar aos imigrantes sem documentos que atravessam o deserto de Sonora, um dos mais quentes e maiores do mundo.








Sem comentários:

Enviar um comentário