quinta-feira, 7 de setembro de 2023

A nossa leitura de "O Corvo III - Laços de Família", de Luís Louro e Nuno Markl - edição Ala dos Livros


Se queres ficar bem disposto, lê um Corvo. Este poderia ser um slogan para os álbuns da série "O Corvo", de Luís Louro. Porque é inevitável. Acabamos sempre por rir e sorrir com as aventuras desta espécie de herói misterioso meio atabalhoado, mas com bom coração. 

Abençoado regresso este. Bom, sabemos bem que este livro "Corvo III - Laços de Família" (Ala dos Livros) não é propriamente um regresso, é uma reedição, revista e melhorada e que ainda contêm várias páginas reveladoras do processo de criação, ou aliás do processo de insistência do Luís junto do Markl, para que este acabasse o argumento. Não desfazendo o talento de Nuno Markl em várias áreas, percebe-se aqui, porque Louro passou a trabalhar sozinho, pois não há saúde e nervos que resistam a tantos adiamentos de prazos. De qualquer forma, esta reedição chegou depois do Corvo ter ganho um novo fôlego, com a publicação (também pela Ala dos Livros) dos volumes IV e V, com os títulos "Inconsciência Tranquila" e "Inimigos Íntimos", respectivamente. E sabemos que o VI está para chegar em breve, no Amadora BD deste ano.

Voltando ao Corvo III, torna-se difícil falar dele depois de ter lido os volumes que se seguiram e que lhe são superiores, com argumentos ainda mais interessantes. Mas estamos perante uma aventura que nos leva aos castings para um concurso de TV que pretende encontrar um super-herói português, o que leva o Corvo a ficar ofendido e perturbado, com estes novos concorrentes a quererem roubar-lhe o lugar. Nesta história ficamos a conhecer "O Senhor do Mal", a malvada, fantástica, soberba, linda, terrível "Viúva Negra", a verdadeira origem do "Combustão" e "O Pombo", com um super-poder que deixamos à vossa imaginação para não publicarmos aqui um spoiler.

E por falar em super-poderes, parece-nos que o Corvo tem mesmo o super-poder de nos divertir, enquanto continua a vaguear pelos telhados da cidade com a sua bicicleta, na tentativa de (des)ajudar os necessitados.

Além das várias imagens do interior, aqui fica também o autógrafo dedicado a este livro.

Luís Louro, venha o próximo! Aliás, os próximos!







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