Há poucos dias referimos que lemos de uma assentada quatro volumes da série "A menina que veio do outro lado: Siúil, a Rún". Já demos a nossa opinião sobre os volumes sete e oito e agora cá estamos para vos falar do nono e do décimo volume. A série apenas terá mais um volume, ficando concluída com o décimo primeiro. Já não era sem tempo!
Sem querermos revelar muito lembramos que esta série mistura fantasia, mistério um pouco de horror e elementos de conto de fadas. É uma espécie de dark fairy tale, onde o mundo se divide entre luz e sombra. Existe o povo de dentro (os humanos) e tudo o que fica fora é onde existem criaturas amaldiçoadas, que podem tocar a alma humana de modo perigoso.
Shiva (a menina) e o Doutor são as duas personagens centrais e ao longo destes dez volumes a história tem vindo a centrar-se em volta da maldição e das recordações (antes da maldição e da divisão dos mundos). A inocência, a culpa, o sacrifício, a verdade e a redenção são temas sempre presentes num ambiente tenso e sombrio, mas ao mesmo tempo emotivo e terno.
No nono volume, Shiva está separada do Doutor pela primeira vez e isso deixa cada um deles em situação de desespero. Finalmente aqui começamos a ter conhecimento de segredos que estavam escondidos no mundo de dentro e o que leva a população a querer dar início ao ritual, ao sacrifício de uma criança. A par da luta consigo mesmo que acontece com o Doutor que se encontra no mundo de fora, assistimos à força e resiliência de Shiva, que se encontra numa situação crítica, nunca deixando de acreditar.
No décimo volume e próximos da conclusão, são feitas revelações muito importantes, e, especial no que toca ao passado do Doutor e da forma como ele conheceu Shiva. A linha entre o bem e o mal torna-se cada vez mais ténue e as coisas deixam de ser tanto pretas ou brancas. Os elementos dos dois mundos (de dentro e de fora) enfrentam dilemas morais e nesta fase o drama intensifica-se e a série avança para o grande desfecho, o que nos deixa ansiosos.
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