Já foram anunciados os Prémios de Banda Desenhada da Amadora (PBDA) de 2025, que aqui indicamos com algumas correções, pois no press release do Amadora BD há obras que foram co-editadas pel' A Seita e pela Arte de Autor e estão indicadas como sendo apenas da Seita.
Como sempre, não há edição que não tenha uma boa polémica e nas redes sociais temos assistido a vários comentários relativamente à composição do júri. Não é de agora, e já aqui várias vezes referimos que três elementos do júri é manifestamente pouco, tendo em conta que um dos júris não vota em várias categorias, devido ao envolvimento de familiares e de projetos seus a concurso. Já era hora de mudar esta situação. Não está em causa a idoneidade do Paulo Monteiro, mas a sua não votação faz recair toda a responsabilidade de votação em apenas duas pessoas. Não faz sentido.
Só para terem uma ideia do que estamos a falar, o júri da edição 2025 dos Prémios de Banda Desenhada da Amadora foi composto por três jurados – Hugo Pinto (Presidente do Júri e representante do Município da Amadora), crítico literário e especialista em banda desenhada, Paulo Monteiro, Presidente do Clube Português de Banda Desenhada e Rui Cartaxo, investigador e especialista em banda desenhada. Nas categorias de Melhor Fanzine / Publicação Independente, Melhor Obra de Banda Desenhada de Autor Português, Melhor Edição Portuguesa e Prémio Revelação, o jurado Paulo Monteiro (Presidente do Clube Português de Banda Desenhada e diretor da Bedeteca de Beja) solicitou a abstenção de fazer nomeações para evitar quaisquer conflitos de interesses, uma vez que a obra Tales From Nevermore (coassinada pelo seu filho) e alguns fanzines editados pela instituição que dirige estavam a concurso. Por esse motivo, não exerceu o voto nas categorias de Melhor Fanzine / Publicação Independente e Prémio Revelação, mas participou na votação de Melhor Obra de Autor Português, Melhor Obra Estrangeira de BD editada em Portugal e Melhor Edição Portuguesa, onde não se verificaram impedimentos.
Polémicas à parte (ou para alguns, talvez), não deixa de ser curioso que na categoria de Melhor Obra de Banda Desenhada de Autor Português (único prémio em que há valores envolvidos), esteja nomeado um trabalho com argumento de uma autora francesa e desenho de um brasileiro (embora naturalizado português) e também Madeleine Pereira (luso-descendente com dupla nacionalidade francesa-portuguesa). Claro está que em termos de regulamentos isso é possível, até porque no ano passado ganhou o Jorge Coelho com um livro que teve uma adaptação do escritor Ted Adams (americano). É sinal dos tempos, também no atletismo vemos Pichardo a ganhar medalhas com a nossa bandeira.
Mas vamos ao que interessa:
A concurso estão 25 obras, distribuídas por 5 categorias: Melhor Obra Estrangeira de BD Editada em Portugal; Prémio Revelação; Melhor Fanzine / Publicação Independente; Melhor Obra de Banda Desenhada de Autor Português e Melhor Edição Portuguesa de BD.
Os vencedores serão conhecidos no próximo dia 26 de Outubro, domingo, pelas 18h00, durante a habitual Cerimónia de Entrega dos Prémios de Banda Desenhada da Amadora que se realiza no Núcleo Central do Amadora BD (Parque da Liberdade – antigo Ski Skate Park)
A Melhor Obra de Banda Desenhada de Autor Português é distinguida, mais uma vez, com um prémio pecuniário no valor de € 5.000
Nomeados Melhor Obra Estrangeira de BD editada em Portugal
Um Oceano de Amor, de Grégory Panaccione e Wilfrid Lupano, editado pela ASA BD
O meu Irmão, de Jean-Louis Tripp, editado pela Ala dos Livros
Hoka Hey, de Neyef, editado pela ASA BD
O Abismo do Esquecimento, de Paco Roca e Rodrigo Terrasa, editado pela Ala dos Livros
Na Cabeça de Sherlock Holmes, de Cyril Liéron e Benoît Dahan, co-editado pela A Seita e pela Arte de Autor
Nomeados Prémio Revelação
Tales From Nevermore, de Pedro N. e Manuel Monteiro, editado pela Ala dos Livros
Danificada, de M. L. Vieira, editado pela Iguana
O Arauto, de Ruben Mocho, editado por A Seita
Dias-a-Fio, de Alexandre Miguel Homem Ramalho Piçarra, editado por Chili Com Carne
Borboleta, de Madeleine Pereira, editado por ASA BD
Nomeados Melhor Fanzine ou Publicação Independente
Tuas palavras minhas, de Ana Margarida Matos, editado por Centro de Língua Portuguesa Camões IP em Bruxelas, em parceria com a Bedeteca de Beja
A António Arroio 5, de Nuno Plati, Ricardo Cabral, Vasco Parracho, Francisco Caldas, Ricardo Venâncio, Patrícia Furtado, João Gil e vários alunos da Escola Artística António Arroio (Coordenação de Vasco Parracho), editado pela Escola Artística António Arroio
39, de Vítor Hugo Rocha, editado pela Camões - Centro de Língua Portuguesa em Bruxelas, a Associação José Afonso – Núcleo de Bruxelas e a Bedeteca de Beja/Município de Beja
Ditirambos: Noite, de Joana Afonso, Ricardo Baptista, André Caetano, Nuno Filipe Cancelinha, Diogo Carvalho, Raquel Costa, Francisco Ferreira, Sofia Neto, Sónia Mota e Carla Rodrigues, editado por Autopublicação
Alzine Nº2, de Fil, Marco Fraga da Silva, Filipe Duarte, Ana Saúde, João Vaz, Mário André, Pedro N., Sónia Pereira, editado por Associação Tentáculo
Nomeados para Melhor Obra de Banda Desenhada de Autor Português
Fojo, de Osvaldo Medina, editado por A Seita
Borboleta, de Madeleine Pereira, editado por ASA BD
Os Filhos de Baba Yaga, de Luís Louro, co-editado por A Seita e Arte de Autor
Wendingo, de Nunsky, editado por Chilli com Carne
Em Redes, de Xico Santos e Audrey Caillat, editado por Escorpião Azul
Nomeados para Melhor Edição Portuguesa de BD
Naturezas Mortas, de Zidrou e Oriol, co-editado por Arte de Autor & A Seita
O meu Irmão, de Jean-Louis Tripp, editado por Ala dos Livros
Dom Quixote de la Mancha, de Gaëtan Brizzi, Paul Brizzi, co-editado por A Seita e Arte de Autor, coleção Nona Literatura
Na Cabeça de Sherlock Holmes, de Cyril Liéron e Benoît Dahan, co-editado por A Seita e Arte de Autor
Os Filhos de Baba Yaga, de Luís Louro, co-editado por A Seita e Arte de Autor
Sem comentários:
Enviar um comentário