sábado, 29 de abril de 2023

A nossa leitura de "Spirou - A esperança nunca morre..." (segunda parte), de Émile Bravo - Edição da ASA

 


Que extraordinária série esta "Le Spirou d' Émile Bravo". Depois de "Diário de um Ingénuo", este brilhante "A esperança nunca morre...". Acabámos agora a segunda parte e com muita vontade de ler a próxima, pois no mercado francófono já publicaram a quarta parte. Esperamos que a ASA continue a acompanhar esta série a bom ritmo e que os próximos dois volumes (últimos da série) cheguem rapidamente a Portugal.

Quanto a esta segunda parte, continuamos com um Spirou cada vez mais adulto, sempre responsável, amável e atento, mas cada vez mais consciente do que o rodeia, em ambiente de guerra. Sensato, mas ingénuo, incansável na ajuda aos outros (principalmente ao seu amigo Fantásio), procura ser fiel aos seus valores e sobreviver a todas as adversidades, o que nem sempre é fácil com o seu amigo Fantásio a atrapalhar. Sim, nem mesmo o perigo a que estão permanentemente sujeitos faz com que Fantásio seja menos inoportuno. Ou melhor, justiça lhe seja feita, nesta parte da história, ainda assim, consegue estar um pouco mais com os miolos no sítio e parece que a sua consciência começa a despertar.

Os fãs desta dupla, se ainda não leram nada desta série, desenganem-se, pois apesar dos momentos divertidos, que os há, esta história começa a ser um pouco pesadota, ou não estivessem eles a passar pela tormenta da Segunda Guerra Mundial. Trata-se de uma tragicomédia humanista em quatro volumes que certamente já figura como obra de referência de Banda Desenhada nestes últimos anos. Émile Bravo consegue proporcionar uma BD irrepreensível tanto no que toca à narrativa, como aos desenhos.






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